Somália, Ucrânia, Venezuela e Uganda recebem Nobel alternativo
Ativistas e instituições de quatro países - Somália, Ucrânia, Venezuela e Uganda - foram hoje (29) agraciados com o Prêmio Right Livelihood, conhecido como Nobel alternativo e que apoia "pessoas corajosas" que resolvem problemas globais.
Os prêmios foram atribuídos a duas ativistas dos direitos humanos da Somália, Fartuun Adan e Ilwad Elman, por "promoverem a paz, a desmilitarização e os direitos humanos" no país, contra "o terrorismo e a violência de gênero", informa a organização do prêmio em comunicado.
Também a defensora dos direitos humanos, a ucraniana Oleksandra Matviichuk, e o Centro para as Liberdades Civis (CCL), que dirige, receberam o prêmio por "construir instituições democráticas sustentáveis na Ucrânia e criar um processo para responsabilização internacional por crimes de guerra".
O Nobel alternativo foi concedido ainda à Central de Cooperativas de Lara, Cecosesola, uma rede de cooperativas comunitárias venezuelana que fornece bens e serviços em todo o país.
O prémio dado a essa instituição foi justificado pelo júri internacional como o estabelecimento de "um modelo econômico equitativo e cooperativo como alternativa robusta às economias voltadas para o lucro".
Por fim, foi premiada a organização ambiental ugandesa Instituto Africano para a Governação da Energia "pelo seu trabalho corajoso pela justiça climática e direitos comunitários violados por projetos de extração de energia no país".
Criado em 1980 pelo biólogo estoniano Jakob Von Uexküll (1864-1944), o prêmio é entregue anualmente no Parlamento sueco, normalmente em 9 de dezembro, para homenagear e apoiar pessoas que "trabalham na busca e aplicação de soluções para as mudanças mais urgentes e necessárias do mundo atual".
Um júri internacional decide o prêmio em áreas como proteção ambiental, direitos humanos, desenvolvimento sustentável, saúde, educação ou paz e os vencedores, habitualmente quatro por ano, repartem o total de cerca de 185 mil euros.
Até agora, já foram laureados 190 nomes, de 74 países, incluindo Edward Snowden (Estados Unidos), Denis Mukwege (República Democrática do Congo) e Greta Thunberg (Suécia).
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