Explosões em Jerusalém deixam um morto em suposto ataque palestino
Duas bombas explodiram em pontos de ônibus nos arredores de Jerusalém, nesta quarta-feira (23), matando um menino de 16 anos e ferindo pelo menos 14 pessoas, no que pareceu ser um ataque de militantes palestinos, disseram autoridades israelenses.
De acordo com a polícia, a explosão inicial, que ocorreu durante a hora do rush, foi causada por um explosivo, plantado em uma estação de ônibus perto da saída da cidade. A segunda - cerca de 30 minutos depois - atingiu um ponto de ônibus nas proximidades de um assentamento urbano, na zona leste da cidade.
"Não ocorria um ataque tão coordenado em Jerusalém há muitos anos", disse o porta-voz da polícia Eli Levi, à Rádio do Exército de Israel.
A emissora informou que os artefatos explosivos estavam escondidos em sacos e embalados com pregos para maximizar o impacto. A Rádio Kan disse que eles parecem ter sido detonados de longe por um telefone celular.
Imagens de câmeras de segurança transmitidas pelo noticiário N12 mostraram o momento da primeira explosão, com uma nuvem repentina de fumaça saindo do ponto de ônibus. A televisão mostrou detritos espalhados pelo local, que foi isolado pelos serviços de emergência.
O serviço de ambulâncias de Israel informou que 12 pessoas foram levadas ao hospital desde a primeira explosão e três ficaram feridas na segunda explosão. Um dos feridos, um jovem de 16 anos, morreu no hospital, informou o Centro Médico Shaare Zedek.
As Nações Unidas, a União Europeia e os Estados Unidos (EUA) condenaram os ataques.
"O terrorismo é um beco sem saída, que não leva a absolutamente nada", disse a embaixada dos EUA no Twitter.
As explosões, consideradas ecos dos atentados a ônibus que marcaram a revolta palestina de 2000 a 2005, ocorrem em meio a meses de tensão na Cisjordânia, ocupada depois que o Exército israelense lançou uma repressão após uma série de ataques palestinos em Israel.
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