China anuncia sanções contra cidadãos dos Estados Unidos
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China anunciou nesta sexta-feira (23) sanções contra dois cidadãos norte-americanos, em resposta às restrições impostas por Washington a dois funcionários chineses por suspeita de violação dos direitos humanos no Tibete.
O acadêmico Miles Yu e o membro da comissão executiva para a China do Congresso dos Estados Unidos (EUA) Todd Stein, juntamente com os familiares mais próximos, não poderão entrar em território chinês, disse o ministério chinês em comunicado.
Além disso, a partir de hoje, todos os bens de Yu e Stein na China serão bloqueados.
Nos últimos anos, Pequim tem aplicado sanções contra funcionários norte-americanos por "ingerência nos assuntos de Hong Kong" ou após Washington ter feito o mesmo contra líderes do Partido Comunista da China, por suspeita de envolvimento em abusos contra a minoria uigur na região de Xinjiang.
No verão, Pequim avançou com sanções contra a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, por "ignorar a preocupação e a forte oposição da China" à viagem que ela fez a Taiwan e por "minar a soberania e a integridade territorial" do país asiático.
Pequim também decidiu, nos últimos meses, punir fornecedores norte-americanos pelo papel na venda de ajuda militar a Taiwan.
Pequim considera Taiwan parte do território chinês e ameaça a reunificação por meio da força, caso a ilha declare formalmente independência.
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