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Internacional

Pequim reduz carga de testes de covid-19

Medida é adotada em meio a protestos contra política zero covid
Ryan Woo e Martin Quin Pollard - Repórteres da Reuters
Publicado em 06/12/2022 - 10:30
Pequim
Fila de teste para Covid-19 em Pequim
© Reuters/Florence Lo/Direitos Reservados
Reuters

Moradores da Pequim, a capital chinesa, foram autorizados a entrar em parques, supermercados, escritórios e aeroportos sem teste negativo de covid-19 nesta terça-feira (6). É a mais nova medida de uma combinação de regras de flexibilização em todo o país, após protestos sem precedentes contra uma política sanitária rígida.

"Pequim se prepara para a vida novamente", diz manchete do jornal estatal China Daily, acrescentando que as pessoas estão "abraçando gradualmente" as novas liberdades.

As autoridades têm flexibilizado algumas das restrições mais rígidas contra a covid-19 e suavizado o tom sobre a ameaça do vírus, o que muitos esperam ser uma mudança mais profunda em direção à normalidade três anos após o início da pandemia.

"Este pode ser o primeiro passo para a reabertura", disse Hu Dongxu, de 27 anos, à Reuters, enquanto passava seu cartão de viagem para entrar em uma estação de trem em Pequim, que também eliminou a necessidade de testes para usar o metrô.

Os aeroportos da cidade também não exigem mais que as pessoas testem para entrar no terminal, informou a mídia estatal, embora não haja indicação de mudança na regra de teste negativo antes de embarcar em um voo.

A flexibilização das regras ocorre após uma série de protestos no mês passado, que marcaram a maior demonstração de descontentamento público na China desde que o presidente Xi Jinping assumiu o cargo em 2012.

A China pode anunciar dez novas medidas de flebilização nesta quarta-feira (7), acrescentaram os especialistas. 

A perspectiva de flexibilização gerou otimismo entre os investidores, que acreditam que a segunda maior economia do mundo recuperará força e ajudará a impulsionar o crescimento global.

Algumas pessoas continuam receosas de pegar o vírus, especialmente os idosos, enquanto há preocupação com a tensão que o afrouxamento pode causar em um sistema de saúde frágil.

A China registrou 5.235 mortes relacionadas à covid-19 até ontem, mas alguns especialistas alertam que o número pode ficar acima de 1 milhão se a reabertura for muito rápida.

Enquanto isso, autoridades continuam minimizando os perigos representados pelo vírus, aproximando a China do que outros países vêm dizendo há mais de um ano, ao abandonar as restrições e optar por conviver com o vírus, mesmo quando ele se espalha.

"O período mais difícil já passou", disse a agência oficial de notícias Xinhua, citando o enfraquecimento do vírus e os esforços para vacinar 90% da população.

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