Greve em aeroportos alemães afeta quase 300 mil passageiros
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Uma greve de 24 horas em sete aeroportos alemães, incluindo Frankfurt e Munique, deve afetar quase 300 mil passageiros nesta sexta-feira (17). Trabalhadores sindicalizados pressionam por salários mais altos e ameaçam um verão de "caos" se suas demandas não forem atendidas.
A greve coincidiu com o início da Conferência de Segurança de Munique, com a participação de mais de 40 chefes de Estado e 60 ministros.
Como sinal dos problemas, o ministro das Relações Exteriores da Romênia, que não conseguiu embarcar em um voo cancelado, será forçado a voar para a Áustria e depois fazer a viagem de mais de quatro horas até Munique, disse um funcionário da embaixada romena.
É a mais recente de uma série de greves e protestos que atinge as principais economias europeias, incluindo França, Reino Unido e Espanha, à medida que os preços mais altos de alimentos e energia afetam a renda e os padrões de vida em meio à pandemia e à guerra na Ucrânia.
Cerca de 295 mil passageiros são afetados pelo cancelamento de cerca de 2.340 voos nos aeroportos de Bremen, Dortmund, Frankfurt, Hamburgo, Hanover, Munique e Stuttgart, de acordo com a associação de aeroportos ADV.
O sindicato alemão Verdi anunciou a greve na quarta-feira, depois de dizer que os esforços de negociação coletiva para funcionários de serviços terrestres, funcionários do setor público e trabalhadores de segurança da aviação tiveram pouco progresso.
O sindicato pressiona por um aumento salarial de 10,5%, ou pelo menos 500 euros por mês.
"Se nada for feito sobre pagamento agora, todos teremos outro verão caótico", disse a vice-presidente do Verdi, Christine Behle, à Inforadio. "Trata-se de enviar um sinal muito forte."
Entre as companhias aéreas afetadas, a Lufthansa disse que foi forçada a cancelar mais de 1.300 voos e suspender as operações nos aeroportos de Frankfurt e Munique.
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