Secretário da ONU visita Somália, atingida por catástrofes e conflitos
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, iniciou nesta terça-feira (11) visita à Somália, país africano assolado por conflitos e catástrofes. Ao chegar a Mogadício, a capital, ele foi recebido pelo ministro somali dos Negócios Estrangeiros, Abshir Omar Huruse.
A segurança na cidade foi reforçada. A maioria das estradas foi fechada e os transportes públicos ficaram restritos.
Abshir Omar Huruse destacou, em mensagem no Twitter, a importância da “visita para conversações políticas, de segurança, de desenvolvimento e humanitárias”.
A Somália enfrenta uma seca trágica, com sério impacto na alimentação da população, e o governo continua empenhado em grande esforço para combater ataques sangrentos de grupos extremistas islâmicos.
Na mesma rede social, o presidente somali, Hassan Shaykh Mohamed agradeceu a visita histórica Guterres ao país “diante de desafios humanitários e da guerra contra o terrorismo” e acrescentou que “mantiveram conversas produtivas” na residência oficial.
Ajuda humanitária
A ONU pediu aos países a liberação de US$ 6,6 bilhões em ajuda humanitária para o país da região do Chifre da África, mas o financiamento chega apenas a 13%.
Cerca de metade da população necessita de assistência humanitária em 2023, com 8,3 milhões de pessoas afetadas pela seca, segundo dados da ONU.
Na passada semana, no Twitter, António Guterres lembrou que o “número de pessoas deslocadas por conflitos e secas na Somália atingiu um recorde. A maioria é formada por mulheres e crianças”.
“As equipes da ONU estão no país trabalhando para atender às necessidades imediatas e de longo prazo. A comunidade internacional não deve esquecer essa crise”, afirmou o secretário.
Partes da Somália, do Quênia e da Etiópia enfrentam a pior seca das últimas quatro décadas, exterminando o gado e as culturas. Pelo menos 1,7 milhão de pessoas abandonam suas casas em busca de alimentos e água.
Na semana passada, em Genebra, o coordenador da ONU para a Somália, Adam Abdelmoula, afirmou que “a crise está longe de terminar. As necessidades continuam grandes e urgentes”.
“Algumas das áreas mais afetadas continuam a enfrentar o risco da fome”, acrescentou Adam Abdelmoula.
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