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Internacional

Aliados da Otan discutem caminho para adesão da Ucrânia

Presidente ucraniano quer um convite claro para se juntar à aliança
Andrius Sytas, Sabine Siebold e John Irish - Repórteres da Reuters
Publicado em 10/07/2023 - 14:16
Vilnius
Bandeiras do lado de fora da sede da Otan em Bruxelas
21/10/2021 REUTERS/Pascal Rossignol
© Reuters/Pascal Rossignol/Proibida reprodução
Reuters

Os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) permaneciam divididos nesta segunda-feira (10) sobre como colocar a Ucrânia no caminho para a adesão na véspera de uma cúpula na Lituânia, mas pareceram remover um obstáculo importante para a entrada de Kiev na aliança.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que apresentou um pacote que inclui a remoção da exigência de um Plano de Ação para Adesão (MAP) - uma lista de objetivos políticos, econômicos e militares que outras nações do Leste Europeu tiveram que cumprir antes de ingressar na aliança.

Mas o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, que deve comparecer à cúpula, quer um convite claro em Vilnius para se juntar à aliança após o fim da guerra da Rússia na Ucrânia, e garantias de segurança até então.

Os membros da Otan no Leste Europeu, sob o controle de Moscou por décadas no século passado, apoiaram a posição da Ucrânia. Mas outros, como os Estados Unidos e a Alemanha, têm sido mais cautelosos com qualquer movimento que temam que possa levar a Otan a um conflito direto com a Rússia e potencialmente desencadear uma guerra global.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, tuitou que houve um consenso entre os aliados para abandonar o MAP, mas acrescentou: "Também é o melhor momento para oferecer clareza sobre o convite à Ucrânia para se tornar membro."

Stoltenberg disse em entrevista coletiva que haverá mais reuniões na segunda-feira: "Nenhuma decisão final foi tomada, mas na cúpula estou absolutamente certo de que teremos unidade e uma mensagem forte sobre a Ucrânia."

O presidente russo, Vladimir Putin, citou a expansão da Otan em direção às fronteiras da Rússia nas últimas duas décadas como uma razão para sua decisão de enviar as Forças Armadas para a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Afirmações de que "o lugar de direito da Ucrânia é na Otan" e que ela ingressará "quando as condições permitirem" estão entre as frases em discussão, dizem diplomatas, enquanto tentam encontrar palavras aceitáveis ​​para todos os 31 membros da Otan.

Em uma cúpula em Bucareste em abril de 2008, depois de muita disputa, a Otan declarou que tanto a Ucrânia quanto a Geórgia se juntariam à aliança liderada pelos Estados Unidos - mas não lhes deu nenhum plano de como chegar lá.

Os aliados orientais da Ucrânia exigem que Vilnius vá além da declaração de 2008, e a questão pode ser novamente deixada para os líderes resolverem. Dois diplomatas europeus disseram que as posições permanecem consolidadas e que pouco progresso foi feito no fim de semana.

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