Idalia se fortalece e passa a furacão antes de chegar à Flórida
A tempestade tropical Idalia se transformou em furacão nesta terça-feira (29), depois de passar por Cuba e se aproximar da costa do Golfo da Flórida. As autoridades determinaram retiradas e pediram aos moradores que se preparem para possível grande tempestade de categoria 3, que atingirá o continente nesta quarta-feira.
A previsão é de que Idalia atinja o status de grande furacão – com ventos de pelo menos 179 quilômetros por hora – amanhã de manhã, antes de atingir a costa no mesmo dia, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami.
As últimas projeções mostraram que o centro do Idalia provavelmente cruzará a costa da Flórida em algum lugar na região de Big Bend.
O furacão estava se fortalecendo e a incerteza do seu percurso, à medida que se dirigia para o norte sobre as águas quentes do Golfo do México, colocou cerca de 14 milhões de moradores da Flórida sob alerta.
As autoridades disseram que a principal ameaça de Idalia à vida humana resulta do aumento das paredes da água do mar, que seriam empurradas para o interior por ventos fortes, inundando áreas costeiras baixas.
Alertas de tempestade foram publicados em centenas de quilômetros de costa, desde a área de Sarasota, no norte, passando por Tampa e estendendo-se até o paraíso de pesca esportiva de Indian Pass, no extremo oeste da Baía de Apalachicola.
“Apertem os cintos", disse o governador da Flórida, Ron DeSantis, em entrevista nessa segunda-feira.
Idalia deve atingir a categoria 3 – classificada como grande furacão – na escala de vento Saffir-Simpson de cinco níveis quando chegar à Flórida na quarta-feira, disse o NHC.
Seria o quarto grande furacão a atingir a Flórida nos últimos sete anos, depois do Irma em 2017, do Michael em 2018 e do Ian, que atingiu o pico na categoria 5, em setembro passado.
Em Cuba, moradores correram para deixar as cidades costeiras, proteger as casas e os barcos de pesca enquanto o Idalia permaneceu por horas, na segunda-feira, perto do extremo oeste do país.
No meio da tarde, enchentes inundaram a pequena vila de pescadores de Guan, a uma hora de carro ao sul de Havana.
Ônibus transportavam mulheres e crianças para lugares mais altos, enquanto os ventos sacudiam os telhados e balançavam os barcos de pesca.
“Já tivemos dois dias de chuva”, disse Yadira Alvarez, 34 anos, enquanto se preparava para a retirada com seus cinco filhos. "Tentamos nos preparar, mas não importa o que façamos, tudo ficará encharcado."
A água da chuva já havia chegado perto da altura dos joelhos dentro de casa, afirmou.