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Internacional

Astronautas dos EUA e Rússia aterrissam no Cazaquistão após um ano

Norte-americano quebrou recorde de voo espacial contínuo mais longo
Guy Faulconbridge e Steve Gorman - Repórteres da Reuters
Publicado em 27/09/2023 - 10:17
Almaty (Cazaquistão)
Cápsula espacial Soyuz MS-23 levando os cosmonautas russos Sergey Prokopyev e Dmitry Petelin e o astronauta norte-americano Frank Rubio, enquanto se preparam para deixar a Estação Espacial Internacional de volta à Terra
© Konstantin Borisov/Roscosmos/REUTERS

O astronauta Frank Rubio, que quebrou o recorde de voo espacial contínuo mais longo realizado por um norte-americano, e dois cosmonautas russos aterrissaram no Cazaquistão nesta quarta-feira (27), após mais de um ano na Estação Espacial Internacional (ISS).

A cápsula Soyuz MS-23 desacoplou da ISS um minuto antes do previsto e levou cerca de três horas e meia para chegar à Terra, pousando a sudeste da cidade de Zhezqazghan.

"A tripulação está bem", disse o controle da missão em Moscou quando a cápsula caiu de paraquedas e aterrissou em uma nuvem de poeira. "A aterrissagem foi realizada."

"A tripulação retornou à Terra depois de um ano na ISS", disse a Roscosmos, a agência espacial russa, após o pouso.

Rubio, que tem 47 anos e está em sua primeira viagem espacial, viajou de volta à Terra com os cosmonautas russos Sergey Prokopyev, de 48 anos, e Dmitry Petelin, de 40 anos. Prokopyev foi mostrado sorrindo ao lado da cápsula.

Eles estão seis meses atrasados em relação ao retorno porque a espaçonave original apresentou um vazamento e foi necessário enviar uma substituta para trazê-los de volta. Isso deu aos dois russos e a Rubio uma missão inesperadamente prolongada de 371 dias em órbita.

Em 11 de setembro, Rubio superou o recorde anterior da Nasa de 355 dias consecutivos no espaço, estabelecido pelo agora aposentado astronauta Mark Vande Hei. Rubio também é o primeiro norte-americano a passar um ano inteiro no espaço.

Embora ele tenha quebrado o recorde do país, ele e seus pares estão longe do recorde mundial detido pelo russo Valeri Polyakov, que passou 437 dias consecutivos e 18 horas durante uma missão na estação espacial Mir entre janeiro de 1994 e março de 1995. Polyakov morreu em setembro do ano passado, aos 80 anos.

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