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Internacional

COP28: petrolíferas apoiam meta de zerar emissões de carbono até 2050

Conferência da ONU será de 30 de novembro a 12 de dezembro em Dubai
Maha El Dahan, Yousef Saba e Alexander Cornwell - Repórteres da Reuters*
Publicado em 02/10/2023 - 12:46
Abu Dhabi (Emirados Árabes)
FILE PHOTO: A man stands close to the Cardon refinery, which belongs to the Venezuelan state oil company PDVSAn in Punto Fijo, Venezuela July 22, 2016. REUTERS/Carlos Jasso/File Photo
© REUTERS/Carlos Jasso
Reuters

 O presidente da COP28 - a cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas -, Sultan al-Jaber, disse nesta segunda-feira (2) que mais de 20 empresas de petróleo e gás estão se unindo em torno de seus apelos para reduzir as emissões de carbono. 

Jaber, que também é diretor da Adnoc, gigante petrolífera dos Emirados Árabes Unidos, pediu este ano que o setor de energia se unisse à luta contra as mudanças climáticas. Ele foi uma escolha controversa para liderar a COP28, que começa no próximo mês, porque seu país é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e grande exportador de petróleo.

"Precisamos de uma transformação holística em todo o sistema de economias inteiras -- economias que atualmente funcionam com o equivalente a 250 milhões de barris de petróleo, gás e carvão todos os dias", disse Jaber em uma conferência de petróleo e gás em Abu Dhabi.

Ele afirmou que mais de 20 empresas do setor responderam positivamente aos apelos para se alinharem em torno da meta de zerar a emissão líquida de carbono até 2050, as emissões de metano e eliminar a queima de rotina até 2030.

A cúpula da COP28 está programada para ocorrer em Dubai de 30 de novembro a 12 de dezembro.

Antes da COP28, os países permanecem divididos entre aqueles que exigem um acordo para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, que causam o aquecimento do planeta, e as nações que insistem em preservar o uso do carvão, do petróleo e do gás natural.

A cúpula é vista como oportunidade crucial para que os governos acelerem as ações para limitar o aquecimento global, já que os relatórios até agora mostram que os países não estão no caminho certo para cumprir as promessas de limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5 grau Celsius.

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