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Internacional

El Niño continuará até meados de 2024, ameaçando agricultura

Previsão está em relatório da FAO
Juana Casas - Repórter da Reuters
Publicado em 20/10/2023 - 07:27
Santiago
Santa Catarina - Força-tarefa do governo federal, coordenada pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visita municípios de Santa Catarina atingidos pelas fortes chuvas. Foto: Dênio Simões/MIDR
© Dênio Simões/MIDR
Reuters

O fenômeno climático El Niño vai durar pelo menos até o primeiro semestre de 2024, segundo as últimas previsões da Organização das Nações Unidas (ONU), com chuvas anormais em toda a América Latina, aumentando os temores no setor agrícola.

As temperaturas da superfície do mar do Pacífico dispararam nos últimos meses, "com aquecimento mais forte ao longo da costa sul-americana", informa relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

As previsões para o primeiro trimestre de 2024 mostram mais chuva do que o habitual nos países do cone sul, como o Peru e o Equador, assim como no México, juntamente com as contínuas condições de seca no Brasil, na Guiana e no Suriname.

A atual seca na América Central, no entanto, deverá durar apenas até o fim deste ano.

O relatório ressalta que a agricultura, que inclui plantações, pecuária, florestas e pesca, é particularmente vulnerável, dado que o setor pode absorver 26% das perdas econômicas durante condições climáticas extremas e até 82% durante a seca.

As principais espécies de peixes, como anchovas e atuns, na costa norte do Peru e no Sul do Equador estão particularmente em risco, afirma o documento.

Pescadores equatorianos relataram uma redução de 30% na captura de atum desde fevereiro.

O El Niño e os padrões climáticos opostos La Niña tiveram impacto na produção de culturas essenciais como o trigo, o arroz e o milho na América Latina, que são altamente dependentes de matérias-primas.

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