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Internacional

Zelensky: sobreviver ao inverno na Ucrânia vai ser desafio

Presidente falou na sede da Otan em Bruxelas
Carlos Santos Neves - Repórter da RTP
Publicado em 11/10/2023 - 08:02
Bruxelas (Bélgica)
Ukrainian President Volodymyr Zelensky delivers a speech to the nation at the presidential palace. Reuters/Proibida reprodução
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RTP - Rádio e Televisão de Portugal

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky reconheceu nesta quarta-feira (11), no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Bruxelas, que "vai ser um desafio sobreviver ao próximo inverno no país invadido pela Rússia. Em dia de reunião de ministros da Defesa da Aliança Atlântica e em meio a atenções voltadas ao conflito entre Israel e o Hamas, ele apelou a um reforço do apoio tendo em vista "necessidades concretas".

Vai ser um desafio perceber como é que vamos sobreviver a este inverno", admitiu o chefe de Estado ucraniano ao chegar à sede da Otan, ao lado do secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg. A previsão é de que as forças russas voltem a recorrer ao bombardeio sistemático de infraestruturas críticas no período do inverno.

Zelensky disse que é preciso discutir as prioridades com os países-membros da Otan. "Há necessidades concretas e precisamos de responder a elas em pontos concretos do nosso território".

O presidente ucraniano fez também um apelo em relação a ativos russos congelados após invasão, em fevereiro de 2022: "Vocês têm esses ativos e nós podemos utilizá-los, podemos utilizar esse dinheiro para reconstruir a Ucrânia. Eles destroem, nós utilizamos esses ativos".

Volodymyr Zelensky não quis confirmar se terá reuniões com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. "Hoje vai ser tudo muito rápido", afirmou.

O secretário-geral da Otan garantiu que o apoio militar à Ucrânia não está em causa.

Nessa terça-feira (10), a embaixadora norte-americana na organização, Julianne Smith, disse que a reunião do Grupo de Contato teria como pontos centrais a defesa aérea e as munições, assim como "uma série de outros sistemas que são atualmente necessários" em território ucraniano.

A diplomata destacou que o apoio prometido pelo governo Biden ao governo israelense não terá impacto na assistência à Ucrânia.

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