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Internacional

Primeiro grupo de feridos retirado da Faixa de Gaza já está no Egito

Catar intermediou um acordo entre Egito, Israel e Hamas
Agência Brasil*
Publicado em 01/11/2023 - 08:41
Brasília
Um profissional de saúde fala com um palestino ferido, que receberá tratamento em um hospital egípcio, no posto fronteiriço de Rafah com o Egito, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de novembro de 2023. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
© REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Reuters

O Egito se prepara nesta quarta-feira (1) para que os habitantes de Gaza feridos e alguns portadores de passaporte estrangeiro comecem a chegar pela passagem de Rafah, depois que o Catar intermediou um acordo entre o Egito, Israel e o Hamas para permitir retiradas limitadas da Faixa de Gaza.

Palestinos com dupla cidadania caminham no posto fronteiriço de Rafah com o Egito, na esperança de obter permissão para deixar Gaza, em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, em Rafa, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de novembro de 2023. REUTERS/Arafat Barbakh
Palestinos com dupla cidadania caminham no posto fronteiriço de Rafah - REUTERS/Arafat Barbakh

As primeiras ambulâncias que transportam feridos da Faixa de Gaza já começaram a chegar ao Egito, informam agências de notícias, citando autoridades egípcias, enquanto emissoras de televisão egípcias transmitem ao vivo a entrada destes veículos pela fronteira de Rafah.

Um primeiro grupo de retirados feridos entrou no Egito em ambulâncias, segundo a mídia egípcia e uma fonte na fronteira, por volta das 6h35 (horário de Brasília).

Palestinos com dupla cidadania aguardam no posto fronteiriço de Rafah com o Egito, na esperança de obter permissão para deixar Gaza, em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, em Rafa, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de novembro de 2023. REUTERS/Arafat Barbakh
Posto de fronteira de Rafah com o Egito. - REUTERS/Arafat Barbakh

Uma fonte da autoridade de fronteira palestina e duas fontes de segurança egípcias disseram que 81 pessoas feridas entrariam no Egito para tratamento nesta quarta-feira.

Além disso, até 500 portadores de passaportes estrangeiros passarão pela passagem de Rafah nesta quarta, disse uma fonte de segurança egípcia, acrescentando que cerca de 200 pessoas estavam esperando no lado palestino.

Uma segunda fonte com conhecimento do acordo disse que havia uma lista de até 500 pessoas que deixariam Gaza, mas nem todas deveriam sair nesta quarta.

Hospital de campanha

Para receber os feridos no lado egípcio da fronteira, fontes médicas na região do Sinai, no Egito, disseram que um hospital de campanha com quatro tendas, cada uma com 20 leitos, e 12 caravanas médicas foram montadas em Sheikh Zuweid, a 15 km de Rafah.

Os hospitais de Sheikh Zuweid e Al-Arish, uma cidade um pouco mais distante, também estavam se preparando para receber pacientes de Gaza, e os casos mais difíceis deveriam ser enviados para Ismailia, disseram as fontes.

As informações dão conta de que 40 ambulâncias estão na passagem para participar das operações de retirada. Além disso, 70 caminhões de ajuda humanitária estavam na área de Rafah, passando pelo processo de verificação exigido antes de poderem entrar em Gaza, conforme um acordo existente com Israel.

Integrantes de equipes médicas aguardam chegada de palestinos feridos que receberão tratamento em hospitais egípcios perto da passagem de Rafah, que leva ao sul da Faixa de Gaza 01/11/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Integrantes de equipes médicas aguardam chegada de palestinos feridos que receberão tratamento em hospitais egípcios perto da passagem de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza - REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Entenda

Em 7 de outubro, um ataque do Hamas ao Sul de Israel matou cerca de 300 soldados e 1,1 mil civis. Mais de 200 pessoas foram feitas reféns.

Em represália, Israel iniciou ataques massivos à Faixa de Gaza deixando, até o momento, pelo menos 8.525 palestinos, incluindo 3.542 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrada pelo Hamas.

*Com informações da Reuters e da RTP

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