Coreia do Norte dispara míssil e condena EUA por aumentar tensões
A Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance, neste domingo (17), ao mesmo tempo em que condenou as demonstrações de força militar lideradas pelos Estados Unidos como equivalentes a "uma prévia de uma guerra nuclear".
O míssil foi lançado em direção ao mar na costa leste da Coreia do Norte e voou cerca de 570 km antes de cair no oceano, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).
O lançamento ocorreu depois de alertas de autoridades de Seul e Tóquio de que a Coreia do Norte, país com armas nucleares, estava se preparando para testar um míssil, incluindo um de seus mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) de maior alcance neste mês.
Todas as atividades de mísseis balísticos da Coreia do Norte são proibidas pelas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, embora Pyongyang as defenda como seu direito soberano de autodefesa.
“O recente lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte é uma clara violação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbe o uso de tecnologia de mísseis balísticos e a cooperação científica e tecnológica”, disse o JCS da Coreia do Sul em comunicado.
Menos de meia hora após o lançamento, a mídia estatal norte-coreana divulgou uma declaração do Ministério da Defesa criticando os "gângsteres militares" dos Estados Unidos e da Coreia do Sul por aumentarem as tensões com exercícios, demonstrações de força e planejamento de guerra nuclear.
A declaração de um porta-voz não identificado do ministério citou a chegada do submarino de propulsão nuclear norte-americano USS Missouri à cidade portuária sul-coreana de Busan no domingo.
"As Forças Armadas da Coreia do Norte neutralizarão completamente a tentativa dos EUA e de suas forças vassalas de deflagrar uma guerra nuclear e, assim, garantirão de forma confiável a paz e a segurança na península coreana", disse o comunicado.
O porta-voz também criticou a Coreia do Sul e os EUA por realizarem sua segunda reunião do Grupo Consultivo Nuclear, em Washington, na sexta-feira (15), como parte dos esforços dos aliados para simplificar o planejamento de guerra e aumentar as demonstrações militares de força como um aviso à Coreia do Norte.
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