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Internacional

Ataque israelense mata comandante do Hezbollah no Líbano

Wissam al-Tawil era vice-líder da da força de elite Radwan
Laila Bassam e Maya Gebeily - Repórteres da Reuters*
Publicado em 08/01/2024 - 14:22
Beirute
Wissam al-Tawil, commander of Hezbollah's elite Radwan force, appears at an unknown location, in this undated image obtained from social media. Telegram Islamic Resistance Media via REUTERS THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. MANDATORY CREDIT. NO RESALES. NO ARCHIVES.
© TELEGRAM ISLAMIC RESISTANCE MEDI
Reuters

Um ataque israelense matou um comandante da força de elite Radwan, do Hezbollah, no Sul do Líbano, nesta segunda-feira (8), disseram à Reuters fontes de segurança familiarizadas com as operações do grupo no país.

Mais de 130 combatentes do Hezbollah, incluindo membros da força Radwan, foram mortos em hostilidades na fronteira entre Israel e Líbano desde que o Hamas atacou Israel a partir de Gaza, em 7 de outubro, dando início a um conflito que se espalhou pela região.

Wissam al-Tawil, vice-líder de uma unidade Radwan, e outro combatente do Hezbollah foram mortos quando o carro em que estavam foi atingido no vilarejo de Majdal Selm, a cerca de 6 quilômetros da fronteira, segundo três fontes de segurança no Líbano.

Não houve comentário imediato de Israel.

Tawil foi um dos comandantes mais graduados do Hezbollah morto durante as hostilidades até o momento, de acordo com outra fonte no Líbano.

O grupo divulgou fotografias de Tawil com líderes do Hezbollah, incluindo o secretário-geral Sayyed Hassan Nasrallah e Imad Mughniyeh, comandante militar do grupo que foi morto na Síria em 2008.

Outra foto mostrava-o sentado ao lado do falecido líder da Força Quds iraniana, Qassem Soleimani, morto por um ataque de drone dos Estados Unidos em Bagdá há quatro anos.

Uma das fontes de segurança chamou a morte de Tawil de "um ataque muito doloroso". Outra disse que "as coisas vão se inflamar agora".

O Hezbollah afirmou que sua campanha tem como objetivo apoiar os palestinos na Faixa de Gaza. As hostilidades entre o grupo e Israel foram em grande parte restritas a áreas próximas à fronteira.

As tensões aumentaram na semana passada, quando um ataque israelense matou o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, nos subúrbios do sul de Beirute, área controlada pelo Hezbollah. Israel não confirmou nem negou sua responsabilidade no ataque.

No sábado, o Hezbollah (6) informou que havia atingido importante posto de observação israelense com 62 foguetes, como uma "resposta preliminar" à morte de Arouri.

Outros membros da força Radwan mortos durante as hostilidades incluem Abbas Raad, filho de um importante político do Hezbollah. Ele foi morto em  ataque israelense em novembro.

O secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Nasrallah, advertiu Israel, em dois discursos transmitidos pela televisão na semana passada, que não iniciasse uma guerra em grande escala no Líbano.

"Quem quer que pense em guerra conosco - em uma palavra, ele se arrependerá", disse Nasrallah.

No domingo (7), o vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o grupo não quer "iniciar uma guerra total, mas se Israel decidir travar guerra total, então nós, em campo, responderemos com sem hesitação e com tudo o que temos".

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