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Internacional

Israel diz que destruiu "estrutura militar" do Hamas no norte de Gaza

Forças israelenses afirma ter matado 8 mil militantes
Maayan Lubell - Repórter da Agência Reuters e Agência Brasil
Publicado em 07/01/2024 - 11:11
JERUSALÉM
Soldado israelense durante operação militar na Faixa de Gaza
27/12/2023 Forças Israelenses de Defesa/Divulgação via REUTERS
© Forças Israelenses de Defesa/Divulgação via REUTERS
Reuters

As forças israelenses concluíram o desmantelamento da “estrutura militar” do Hamas no norte de Gaza e mataram cerca de 8.000 militantes na área, disse um porta-voz militar neste sábado (6).

Os militares também apreenderam dezenas de milhares de armas naquela área e milhões de documentos, disse o contra-almirante Daniel Hagari em um briefing online. 

"Estamos agora concentrados no desmantelamento do Hamas no centro e no sul da faixa (de Gaza)", disse o porta-voz. 

Emigração 

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na última sexta-feira (5) em que critica as recentes declarações de autoridades de Israel defendendo a emigração dos palestinos da Faixa de Gaza. O Itamaraty considerou que essa posição viola o direito internacional e prejudica a possibilidade de paz. Isso porque dois ministros de Israel defenderam, nos últimos dias, o deslocamento da população de Gaza para outros países.

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com preocupação, de recentes declarações de autoridades do governo de Israel que desejam promover a emigração da população palestina da Faixa de Gaza para outros países, assim como o restabelecimento de assentamentos israelenses naquele território”, informou o Itamaraty.

Ainda segundo o governo brasileiro, “ao proporem medidas que constituem violações do Direito Internacional, declarações dessa gravidade aprofundam tensões e prejudicam as perspectivas de alcançar a paz na região”. O direito internacional proíbe o deslocamento forçado de populações e a aquisição de territórios por meio da guerra.

No dia 31 de dezembro, em entrevista a uma rádio de Israel, o ministro das Finanças do país, Bezalel Smotrich, defendeu a emigração dos palestinos de Gaza. Segundo ele, “se houver 100 mil ou 200 mil árabes em Gaza e não 2 milhões de árabes, toda a discussão no dia seguinte será totalmente diferente”.

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