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Internacional

Otan inicia exercícios em larga escala para proteger novo território

Organização foi ampliada recentemente com a inclusão da Suécia
Joana Raposo Santos - Repórter da RTP
Publicado em 04/03/2024 - 10:25
Bruxelas
Bandeiras do lado de fora da sede da Otan em Bruxelas
21/10/2021 REUTERS/Pascal Rossignol
© Reuters/Pascal Rossignol/Proibida reprodução
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) iniciou nesta segunda-feira (4) novos exercícios em larga escala para defender o território, ampliado recentemente com a inclusão da Suécia. São mais de 20 mil os soldados de 13 países que participam dos exercícios, com duração de quase duas semanas. Além da Suécia, os militares vão atuar também na Noruega e Finlândia.

“O exercício vai demonstrar a capacidade operacional, coesão e vontade da Otan de defender toda a área da aliança”, escreveram em comunicado as forças militares finlandesas. “Pela primeira vez, a Finlândia vai participar como membro da Otan de um exercício coletivo de defesa”, enviando 4 mil soldados, acrescentou.

Esse país nórdico, que aderiu à Aliança Atlântica em abril de 2023, partilha fronteira de aproximadamente 1.340 quilômetros com a Rússia. A Suécia deverá entrar formalmente na organização este mês, depois de ter visto a sua adesão ratificada pela Hungria, após muita hesitação. Segundo Helsínque, o exercício, batizado de Steadfast Defender 24, será o mais substancial da Otan das últimas décadas.

Tanto a Suécia quanto a Finlândia desenvolveram laços apertados com a Otan depois da Guerra Fria, mas a adesão à aliança apenas foi colocada seriamente à mesa após a invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Os dois países vizinhos pediram a adesão conjunta em maio do mesmo ano. 

Além dessas duas nações, participam dos exercícios em larga escala a Alemanha, Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, Espanha, os Estados Unidos, a França, Itália, Noruega, os Países Baixos e o Reino Unido.

“Mais importante que nunca”

Cerca de metade das tropas envolvidas vão realizar exercícios terrestres, com as restantes a treinar no mar – usando mais de 50 submarinos, fragatas, corvetas, porta-aviões e navios anfíbios – e no ar – com mais de 100 caças, aeronaves de transporte e de vigilância marítima e helicópteros, segundo as forças militares suecas.

“Precisamos de ser capazes de responder a ataques e de travar quem quer que tente desafiar nossas fronteiras, nossos valores e a democracia”, afirmou o brigadeiro Tron Strand, da Força Aérea norueguesa, em comunicado. “Com a atual situação de segurança na Europa, o exercício é extremamente relevante e mais importante do que nunca”.

Em seu site, a Otan destaca que o Norte da Europa “representa área importante e estrategicamente localizada” para a Aliança Atlântica e que os exercícios lá praticados “aumentam a prontidão e a capacidade nórdicas de conduzir operações conjuntas de larga escala em condições meteorológicas desafiadoras”.

No dia 7 de março, o presidente finlandês, Alexander Stubb, e o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store, vão visitar o local dos exercícios no Norte da Noruega.

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