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Internacional

Auxílio não entregue a Gaza volta ao Chipre após morte de funcionários

Cargueiro tinha 240 toneladas de comida para população
Yiannis Kourtoglou - repórter da Reuters
Publicado em 03/04/2024 - 20:34
Larnaca (Chipre)
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© Reuters
Reuters

Um comboio marítimo com alimentos não entregues a Gaza retornou ao Chipre nesta quarta-feira (3), após trabalhadores de auxílio humanitário da World Central Kitchen (WCK, na sigla em inglês) serem mortos em um ataque aéreo israelense na segunda-feira (1º). 

Com 240 toneladas de comida destinada à população do enclave palestino sitiado, o cargueiro zarpou após o ataque mortal de volta para Larnaca, no Chipre, ancorando próximo ao porto. 

Um segundo navio, o Open Arms, propriedade de uma ONG espanhola que trabalha com a WCK, já havia chegado anteriormente no Chipre.

O auxílio não entregue fazia parte de uma remessa de cerca de 340 toneladas enviadas do Chipre para Gaza em 30 de março. Os trabalhadores humanitários mortos em Gaza haviam acabado de descarregar 100 toneladas de uma barcaça, também enviada do Chipre. 

Ativa em Gaza desde outubro, a WCK pausou suas operações no território desde as mortes e deu meia-volta em sua flotilha de navios em direção ao Chipre. 

Em março, a WCK inaugurou um corredor marítimo de transporte de auxílio humanitário para o enclave a partir da ilha da região leste do Mediterrâneo. 

O Chipre se ofereceu para complementar a ajuda que chega a Gaza por mar com um processo acelerado de triagem de segurança na ilha para a ajuda supervisionada por Israel.

A instituição de caridade espanhola Open Arms, que forneceu um navio de resgate para as duas missões organizadas pela WCK, tirou uma foto de ativistas vestindo camisetas da WCK se abraçando na proa do navio durante a viagem para o Chipre.

Eles escreveram no X: "Chega o fim da missão 110, aquela que nunca poderíamos ter imaginado, a mais dolorosa".

"Sentimos falta de Saifeddin, Zomi, Damian, Jacob, John, Jim e James, mas eles permanecerão para sempre em nossa memória, e continuaremos a falar por eles, pelas mais de 32.500 pessoas mortas em #Gaza, pelas centenas de trabalhadores humanitários, pelos hospitais destruídos, pelos jornalistas e por todos os 'casos isolados' que não são um acidente, mas parte de uma estrutura de morte e destruição. Nunca nos esqueceremos de vocês."