Presidente do Irã ameaça "resposta feroz" contra qualquer ação
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou nesta terça-feira (16) que Teerã responderá "ferozmente" à menor ação de Israel contra os seus interesses, após o ataque de sábado (13) contra o território israelense, em retaliação pelo bombardeio do consulado iraniano em Damasco.
"A menor ação contra os interesses do Irã será recebida com resposta feroz, generalizada e dolorosa contra todos os responsáveis", disse Raisi ao emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, de acordo com declaração divulgada pela presidência iraniana em sua página oficial na internet.
O presidente iraniano afirmou que "contrariamente às expectativas de todos os combatentes da liberdade e das nações livres, e também aos textos explícitos do direito internacional, as Nações Unidas e o Conselho de Segurança não cumpriram seus deveres legais mínimos ao condenar o ataque ao consulado iraniano em Damasco".
Raisi criticou o "fracasso" e a "inação" da comunidade internacional face aos "crimes dos sionistas" na Faixa de Gaza. Acrescentou que essa situação levou o Irã, "de acordo com o seu direito à autodefesa", a "conceber e executar uma operação contra as bases que resultaram em atos malignos" contra o Irã, em referência ao bombardeio do consulado na capital síria, que resultou na morte de sete membros da Guarda da Revolução.
O Irã lançou, na noite de sábado e madrugada de domingo, um ataque contra Israel, utilizando mais de 300 drones (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria interceptados, segundo o Exército israelense.
Teerã justificou o ataque como resposta à ação ocorrida em 1º de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irã a Israel, pedindo contenção máxima, de forma a evitar uma escalada da violência no Oriente Médio, região já fortemente instável devido à guerra entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.