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Internacional

Armênia anuncia reconhecimento do Estado da Palestina

Em nota, governo diz que deseja paz duradoura e trégua imediata
Lusa*
Publicado em 21/06/2024 - 10:16
Erevan
epa04753090 A man holds a Palestinian flag as he attends a canonization ceremony for new saints led by Pope Francis in St. Peter's Square, Vatican City, 17 May 2015. Palestinian Authority President Mahmoud Abbas is in the Vatican for the canonization of the Catholic Church's first Arabic-speaking saints - 19th century nuns Mariam Bawardy and Marie Alphonsine Ghattas, who lived in what was at the time Ottoman-ruled Palestine.  EPA/ANGELO CARCONI
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Lusa

A Armênia decidiu reconhecer o Estado da Palestina, anunciou nesta sexta-feira (21) o Ministério dos Negócios Estrangeiros, "com o objetivo de alcançar a paz" no Oriente Médio e destacar a situação crítica em Gaza.

"Reafirmando fidelidade ao direito internacional e aos princípios da igualdade, da soberania e da coexistência pacífica dos povos, a República da Arménia reconhece o Estado da Palestina", declarou o ministério em comunicado.

"Erevan deseja sinceramente o advento de uma paz duradoura" na região, acrescenta a nota, que reitera o desejo da Armênia de "estabelecimento imediato de uma trégua" na guerra em Gaza.

Hussein al-Sheikh, secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), saudou a decisão. 

"Esta é uma vitória do direito, da justiça, da legitimidade e da luta do povo palestino pela libertação e independência", afirmou em declaração divulgada nas redes sociais.

A Armênia torna-se assim o 147º Estado-membro das Nações Unidas a reconhecer a Palestina, seguindo a decisão, desde abril, da Jamaica, de Trinidad e Tobago, Barbados, das Bahamas, da Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovênia, o que provocou duras críticas das autoridades israelenses.

O governo israelense convocou hoje o embaixador da Armênia em Tel Aviv para protestar contra a decisão das autoridades de Erevan.

"Na sequência do reconhecimento pela Armênia de um Estado palestino, o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador em Israel para severa repreensão", afirmou um porta-voz diplomático israelense, sem dar maiores detalhes sobre a reunião.

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