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Internacional

França e Reino Unido apoiam proposta para trégua na Faixa de Gaza

Plano foi anunciado nesta sexta-feira pelo presidente Joe Biden
Lusa*
Publicado em 01/06/2024 - 13:46
Cairo
Soldados israelenses operam na Faixa de Gaza
 5/3/2024    Divulgação via REUTERS
© ISRAEL DEFENSE FORCES/Reutres/Proibida reprodução
Lusa

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, expressaram neste sábado (1º) apoio à proposta em três fases para uma trégua na Faixa de Gaza, que prevê igualmente a libertação dos reféns em posse do grupo palestino Hamas.

Em breve mensagem na rede social X, Macron reagiu ao plano anunciado nesta sexta-feira pelo presidente norte-americano, Joe Biden, baseado em iniciativa israelense, afirmando que a França "apoia a proposta dos Estados Unidos para um acordo global".

Macron acrescentou que trabalha "com os parceiros na região pela paz e segurança para todos", numa alusão aos contatos com os mediadores do Catar e do Egito.

O primeiro-ministro britânico pediu hoje ao Hamas que "aproveite a oportunidade" para alcançar a paz na Faixa de Gaza.

Em declarações à imprensa no nordeste da Inglaterra, Sunak disse que o plano é  "notícia muito bem-vinda" e espera que o Hamas "aproveite a oportunidade para concluir o acordo que está sobre a mesa, que garantirá que os reféns possam ser libertados e regressar às suas famílias", além de prever o aumento da ajuda humanitária ao enclave palestino.

A pausa nos combates deverá transformar-se numa "paz sustentável e duradoura, que é o que todos queremos ver", acrescentou o chefe do governo conservador, que continua a campanha para as eleições gerais britânicas de 4 de julho.

Anteriormente, o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, também apelou ao Hamas para "aproveitar o momento" e aceitar a proposta de acordo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um "cessar-fogo total e completo", a retirada das forças israelenses de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns em posse do Hamas, incluindo mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos.

Os reféns norte-americanos seriam libertados nesta fase e os restos dos que foram mortos devolvidos às suas famílias. A assistência humanitária seria aumentada, com 600 caminhões autorizados a entrar no enclave todos os dias.

A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns restantes, incluindo soldados do sexo masculino, e as forças israelenses abandonariam suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.

"Enquanto o Hamas cumprir os seus compromissos, o cessar-fogo temporário seria, nos termos da proposta israelense, `a cessação permanente das hostilidades`", observou Biden.

Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.

Israel insistiu hoje que as condições para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza incluem a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns detidos, segundo comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense..

Por outro lado, o Hamas disse encarar positivamente a proposta e que está disposto a lidar "de forma construtiva" com qualquer plano que inclua como requisitos "um cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza, a reconstrução do território e a troca de prisioneiros".

Israel lançou ofensiva na Faixa de Gaza, após ataque do Hamas em 7 de outubro, no qual militantes palestinos invadiram o sul do território israelense, mataram quase 1.200 pessoas, a maioria civis, e levaram cerca de 250 como reféns.

A operação israelense de retaliação no enclave palestino já matou mais de 36 mil pessoas, a maioria também civis, de acordo com o governo local do Hamas, e deixou o território numa grave crise humanitária.

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