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Internacional

Líder do Hamas diz que propostas de cessar-fogo não são significativas

Para secretário norte-americano, mudanças pedidas são impraticáveis
Nadine Awadalla e Maha El Dahan - Repórteres da Reuters
Publicado em 13/06/2024 - 10:05
Doha
CRIANÇAS FOME GAZA - Palestinian children wait to receive food cooked by a charity kitchen amid shortages of food supplies, as the ongoing conflict between Israel and the Palestinian Islamist group Hamas continues, in Rafah, in the southern Gaza Strip, March 5, 2024. REUTERS/Mohammed Salem
© REUTERS/Mohammed Salem
Reuters

As mudanças que o Hamas pediu em uma proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos (EUA) "não são significativas" e incluem a retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza, disse um líder do grupo à Reuters nesta quinta-feira (13).

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o Hamas havia proposto várias mudanças, algumas impraticáveis, à proposta, mas que os mediadores estavam determinados a fechar as brechas.

Os EUA disseram que Israel aceitou sua proposta, mas Israel não declarou isso publicamente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou várias vezes que Israel não se comprometerá a encerrar sua campanha antes que o Hamas seja eliminado.

O líder sênior do Hamas disse que sua organização pediu a escolha de uma lista de 100 palestinos com longas sentenças a serem libertados das prisões israelenses.

O documento israelense excluiu 100 prisioneiros com sentenças longas e restringiu as libertações apenas a prisioneiros com sentenças de menos de 15 anos, disse a autoridade do Hamas.

"Não há emendas significativas que, de acordo com a liderança do Hamas, justifiquem objeções", disse o líder do Hamas.

As demandas do grupo também incluem a reconstrução de Gaza; o levantamento do bloqueio, incluindo a abertura de passagens de fronteira; a permissão do movimento de pessoas; e o transporte de mercadorias sem restrições", acrescentou.

Negociadores dos EUA, do Egito e Catar tentam há meses mediar um cessar-fogo no conflito - que matou dezenas de milhares de palestinos e devastou o enclave densamente povoado - e libertar os reféns, dos quais acredita-se que mais de 100 permaneçam em cativeiro em Gaza.

As principais potências estão intensificando os esforços para neutralizar o conflito, em parte para evitar que ele se transforme em uma guerra mais ampla no Oriente Médio, com a escalada das hostilidades ao longo da fronteira libanesa-israelense.

Os combates em Gaza começaram em 7 de outubro, quando militantes liderados pelo Hamas atravessaram a fronteira e mataram 1.200 israelenses e fizeram mais de 250 reféns, de acordo com registros de Israel.

Desde então, a guerra aérea e terrestre já matou mais de 37 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, deslocando a maior parte da população de 2,3 milhões de habitantes e devastando moradias e infraestrutura.

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