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Internacional

Papa pede que seja permitido o envio de ajuda humanitária a Gaza

Fala foi durante oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano
Lusa
Publicado em 09/06/2024 - 14:10
Vaticano
Papa Francisco fala a fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano
05/05/2024 Vatican Media/Divulgação via REUTERS
© Vatican Media/Divulgação
Lusa

O Papa Francisco pediu neste domingo (9) que seja permitido o envio de ajuda humanitária a Gaza, apelando para que a comunidade internacional tome medidas urgentes para ajudar a população no enclave palestiniano.

"Encorajo a comunidade internacional a agir urgentemente por todos os meios para ajudar o povo de Gaza, devastado pela guerra", disse Francisco durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

"A ajuda humanitária deve poder chegar a quem dela precisa e ninguém a pode impedir", acrescentou o Papa, após oito meses de escassez de alimentos, água, medicamentos e suprimentos básicos que afetam o enclave palestiniano devido às restrições de acesso impostas por Israel.

Francisco reiterou o apoio "às negociações em curso entre as partes" para chegar a um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas que já dura oito meses.

"Espero que as propostas de paz para um cessar-fogo em todas as frentes e para a libertação dos reféns sejam aceites imediatamente para o bem dos palestinianos e dos israelitas", disse.

O papa mencionou que na próxima terça-feira (11) "será realizada na Jordânia uma conferência internacional sobre a situação humanitária em Gaza" e agradeceu à Jordânia, ao Egito e à Organização das Nações Unidas (ONU) por tomarem esta iniciativa.

Francisco fez referência ao encontro no Vaticano ocorrido há uma década - que foi assinalado essa semana - entre o então Presidente israelita, Shimon Peres, e o ainda presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.

Segundo o Papa, esse encontro mostrou que "é possível apertar a mão e que para fazer a paz é preciso coragem, muito mais coragem do que para fazer a guerra".

Francisco também pediu que as pessoas não se esquecessem "do povo ucraniano martirizado, que quanto mais sofre, mais anseia pela paz", e fez ainda referência à situação em Myanmar (ex-Birmânia), em que grupos minoritários enfrentam a repressão do Governo da junta militar.