Quatro ativistas da oposição são detidos na Venezuela, diz candidato
A coalizão de oposição da Venezuela disse nessa segunda-feira (17) que quatro ativistas de dois de seus partidos políticos foram detidos nos últimos dias, ao passo que as tensões aumentam antes da disputa presidencial de julho.
Gabriel Gonzalez, Javier Cisneros, Jeancarlos Rivas e Juan Iriarte, dos partidos Vontade Popular e Vente Venezuela, foram detidos entre sexta e segunda-feira pelas forças de segurança, que os acusam de conspiração e de instigar o ódio, disseram porta-vozes da oposição.
Cisneros foi libertado na noite de ontem, informou a Vente Venezuela em mensagem na rede social X.
"Denunciaremos o novo ataque do governo em todos os locais internacionais relevantes. Não podemos permitir que esses tipos de graves violações continuem a ser cometidas", disse o candidato presidencial da oposição, Edmundo Gonzalez, durante transmissão ao vivo em mídias sociais.
O gabinete do procurador-geral não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
As detenções dos quatro ativistas e de um jornalista, Luis Lopez, ocorreram em meio a pesquisas favoráveis a Gonzalez, escolhido como candidato da oposição após o tribunal superior da Venezuela manter a proibição à vencedora das primárias, Maria Corina Machado, de ocupar cargos públicos.
O presidente Nicolas Maduro, que busca o terceiro mandato, é preferido por cerca de 30% em pesquisa recente, em comparação com o apoio de Gonzalez, de 50%.
Trinta e sete ativistas foram detidos neste ano, incluindo os quatro casos recentes, disse Machado, que está fazendo campanha para Gonzalez, ao lado dele na transmissão.
Seis dos ex-funcionários de campanha de Machado estão atualmente vivendo na embaixada argentina, onde pediram asilo.
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