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Internacional

Ataques israelenses matam pelo menos 45 palestinos em Gaza

Negociações para um cessar-fogo são retomadas no Catar
Nidal al-Mughrabi - da agência Reuters
Publicado em 27/10/2024 - 15:39
Cidade do Cairo - Egito
Locais destruídos em Khan Younis, sul de Gaza
 7/10/2024   REUTERS/Mohammed Salem
© REUTERS/Mohammed Salem/Proibida reprodução
Reuters

Ataques militares israelenses mataram pelo menos 45 palestinos em toda a Faixa de Gaza neste domingo (27), a maior parte deles no norte do enclave, informaram autoridades de saúde palestinas, enquanto as tentativas para alcançar um cessar-fogo na guerra - que já dura mais de um ano - foram retomadas no Catar.

Diretores da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos e da agência de inteligência israelense (Mossad) se reunirão com o primeiro-ministro do Catar ainda neste domingo, em Doha, disse à agência de notícias Reuters uma autoridade com conhecimento das negociações.

As conversas buscarão um cessar-fogo de curto prazo e a libertação de alguns reféns mantidos pelo Hamas em troca da libertação de prisioneiros palestinos por Israel, revelou a fonte.

O objetivo das negociações é fazer com que Israel e o Hamas concordem com a suspensão dos combates por pelo menos um mês, na esperança de que isso leve a um cessar-fogo mais permanente.

Mediação

Não houve nenhum comentário imediato do Hamas, mas uma autoridade palestina próxima à tentativa de mediação disse à Reuters: "Espero que o Hamas ouça as novas ofertas, mas parece determinante que qualquer acordo deve pôr fim à guerra e retirar as forças israelenses de Gaza".

Os Estados Unidos, o Catar e o Egito têm liderado as negociações para colocar fim à guerra, que eclodiu depois que combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro do ano passado, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, segundo os cálculos israelenses.

O número de mortos da campanha de retaliação de Israel em Gaza está chegando a 43 mil, segundo as autoridades de saúde de Gaza, com o enclave em ruínas.

Não ficou claro se as autoridades egípcias também participarão das negociações neste domingo.

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