Putin diz que não virá ao G20 no Brasil para evitar prejuízos à cúpula
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (18) que sua possível presença na cúpula do Grupo das 20 principais economias no Brasil, no próximo mês, prejudicaria o importante trabalho do encontro, acrescentando que outra pessoa representará Moscou.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia emitiu mandado de prisão para Putin, e a Ucrânia pediu ao Brasil que prenda o líder russo se ele viajar ao país para a cúpula dos dias 18 e 19 de novembro.
"Tenho relações amistosas maravilhosas com o presidente Lula, mas por que eu iria lá de propósito para atrapalhar o trabalho normal desse fórum?", disse Putin a repórteres.
Ele afirmou também que a Rússia poderia assinar um acordo bilateral com o Brasil para contornar o mandado de prisão do TPI, se necessário.
"Decisões desse tipo são muito fáceis de contornar, basta assinar um acordo intergovernamental e pronto -- a jurisdição do TPI será limitada", acrescentou
A Rússia, que não é signatária do TPI, nega veementemente as alegações de crimes de guerra feitas contra ela pelo tribunal, pela Ucrânia e seus aliados ocidentais.
Proposta de paz
Para o presidente russo, a proposta conjunta elaborada por Brasil e China para acabar com a guerra na Ucrânia é "equilibrada" e forneceria uma boa base para encontrar uma solução do conflito.
A proposta, tornada pública em maio, pede a redução da escalada da situação e a retomada do diálogo direto sem exigir que a Rússia retire suas forças do território ucraniano.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tem rejeitado a iniciativa por considerar que o documento está a serviço dos interesses de Moscou.
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