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Internacional

Tempestades solares vão manter auroras boreais em locais não habituais

"Surtos" solares permitem o fenômeno
Lusa*
Publicado em 16/10/2024 - 09:15
Nova York
The Aurora Borealis (Northern Lights) is seen in the sky over Muonio in Lapland, Finland January 18, 2021. Picture taken January 18, 2021. REUTERS/Alexander Kuznetsov     TPX IMAGES OF THE DAY
© REUTERS/Alexander Kuznetsov/Proibida reprodução
Lusa

Os meteorologistas espaciais anunciaram nesta terça-feira (16) que as auroras boreais vão poder continuar a ser vistas em locais menos habituais, enquanto continuam a ocorrer as fortes tempestades solares que permitem o fenômeno.

As fortes tempestades solares este ano desencadearam auroras cintilantes muito mais ao sul do que o habitual, como em Portugal, enchendo os céus com tons de rosa, roxo, verde e azul.

O sol está atualmente na fase máxima do seu ciclo de 11 anos, tornando os "surtos" solares e as auroras boreais mais frequentes, informou hoje a agência Associated Press (AP).

Esperava-se que este período ativo durasse pelo menos mais um ano, embora o momento em que a atividade solar atingirá o pico só será conhecido meses depois do fato, de acordo com a Nasa, a agência espacial norte-americana,  e a agência dos Estados Unidos para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA).

Este ciclo solar produziu auroras mais coloridas ao sul e é provável que surjam outras, destacou Kelly Korreck, da Nasa. “Ainda podemos conseguir alguns bons espetáculos nos próximos meses”, garantiu a cientista.

Estas tempestades também podem interromper temporariamente a energia e as comunicações. Antes de uma explosão solar, a NOAA alerta os operadores de centrais elétricas e naves espaciais em órbita.

Em maio, a agência divulgou um aviso raro de tempestade geomagnética severa. A tempestade que atingiu a Terra foi a mais forte em mais de duas décadas, produzindo auroras boreais em todo o hemisfério norte.

Nesse mesmo mês, os cientistas registraram a maior erupção do Sol, mas a Terra estava fora do caminho.

Os ciclos solares anteriores produziram tempestades mais intensas do que as de maio, por isso os meteorologistas espaciais estão de olho no Sol a fim de se prepararem para quaisquer perturbações importantes, frisou Bill Murtagh, da NOAA.

Na semana passada, uma poderosa tempestade solar deslumbrou os observadores do céu longe do Círculo Polar Ártico, quando auroras apareceram em lugares inesperados, incluindo Alemanha, Reino Unido, Nova Inglaterra e Nova York.

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