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Internacional

Aeronave foi inspecionada antes de decolar, diz presidente da Jeju Air

Kim Yi-bae afirmou que nenhum problema foi detectado
Cristina Santos – repórter da RTP
Publicado em 31/12/2024 - 17:50
Muam
Rescuers work near the wreckage of the Jeju Air aircraft that went off the runway and crashed at Muan International Airport, in Muan, South Korea, December 30, 2024. REUTERS/Kim Hong-Ji     TPX IMAGES OF THE DAY
© Kim Hong-Ji/Reuters/proibida a reprodução
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

O presidente da companhia aérea Jeju Air, Kim Yi-bae, garantiu durante uma entrevista coletiva nesta terça-feira (1°) que uma inspeção realizada na aeronave horas antes de ela cair na Coreia do Sul, não detectou "qualquer problema".

Questionado sobre os procedimentos de segurança, Yi-bae afirmou que o avião não teria sido autorizado a descolar caso a equipe de manutenção não tivesse aprovado a sua segurança.

O presidente da Jeju Air assegurou ainda que os pilotos foram treinados de acordo com os regulamentos e que a empresa tem dois simuladores de voo completos.

Durante a conferência de imprensa, ele reconheceu que, nos últimos cinco anos, a Jeju Air foi a companhia aérea coreana que mais recebeu multas e enfrentou ações administrativas.

Ainda assim, ele prometeu empenho em reforçar os procedimentos de segurança e manutenção da empresa, acrescentando que “o nosso objetivo é reparar a confiança em nós, fortalecendo as nossas medidas de segurança”.

No domingo (29), o avião viajava de Bangkok com 181 pessoas a bordo quando fez uma aterrissagem forçada (sem trem de pouso) no Aeroporto Internacional de Muan. Apenas duas pessoas, membros da tripulação, sobreviveram.

As investigações ocorrem em duas frentes: identificar as vítimas e descobrir a causa deste que é considerado o pior acidente aéreo da Coreia do Sul. As duas caixas pretas do avião estão sendo analisadas – o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo.

No entanto, a segunda caixa preta tem um problema que está dificultando o trabalho dos investigadores na extração dos dados, o que pode prolongar as dúvidas.

Os peritos tentam entender por que razão o trem de aterrissagem do Boeing 737-800 não desceu no momento do pouso. Eles também analisam duas possibilidades: a colisão com aves e as condições climáticas.

As autoridades também querem saber se o muro que fica no final da pista e contra o qual o avião se chocou cumpre os regulamentos.

A pista do Aeroporto Internacional de Muan vai continuar fechada por mais uma semana, enquanto as equipes forenses recolhem destroços do aparelho e restos mortais das vítimas.

Familiares

Na coletiva de imprensa desta terça-feira, o CEO da companhia aérea anunciou que a Jeju Air vai reduzir as operações durante o inverno em 10% a 15%. O objetivo, segundo ele, é intensificar a manutenção nos aviões, sem que a empresa admita que está operando muitas aeronaves.

Kim Yi-bae anunciou também que a companhia aérea prepara uma compensação de emergência para as famílias das vítimas e vai pagar as despesas com os funerais. O dinheiro vai ser enviado em breve às famílias, antes que o processo dos seguros esteja concluído.

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