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Internacional

Oficial do Exército russo morre em explosão; Kiev reivindica autoria

Igor Kirillov morreu quando deixava um edifício residencial em Moscou
Inês Moreira Santos - Repórter da RTP
Publicado em 17/12/2024 - 07:16
Moscou
FILE PHOTO: Lieutenant General Igor Kirillov, chief of Russia's Nuclear, Biological and Chemical Protection Troops, attends a press conference in Moscow, Russia, in this still image from video released November 5, 2024. Russian Defence Ministry/Handout via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. NO RESALES. NO ARCHIVES. MANDATORY CREDIT. WATERMARK FROM SOURCE./File Photo
© Russian Defence Ministry/Proibida reprodução
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Um oficial do Exército russo morreu nesta terça-feira (17), numa explosão perto de um edifício residencial no sudeste de Moscou, anunciou inicialmente o Comitê de Investigação russo, responsável pelas principais investigações no país. Os serviços de segurança ucranianos (SBU) assumiram, entretanto, a responsabilidade pelo assassinato de Igor Kirillov e de um assistente que estava com o militar.

"Um equipamento explosivo colocado numa motocicleta estacionada perto da entrada de um edifício residencial foi ativado no dia 17 de dezembro de manhã [hora local], na avenida Ryazansky, em Moscou", informou o comitê, em comunicado no início da manhã.

"O comandante das forças russas de defesa radiológica, química e biológica, Igor Kirillov, e o adjunto morreram" na explosão, acrescentou a fonte.

O chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química (NBC), estava saindo de um edifício residencial na manhã desta terça-feira quando um dispositivo escondido numa motocicleta explodiu, disse o Comitê de Investigação da Rússia, adiantando que o dispositivo foi detonado remotamente.

Posteriormente, as autoridades ucranianas confirmaram o “ataque a bomba de hoje contra o tenente-general, afirmando que foi uma “operação especial da SBU”. Em comunicado no Telegram, os serviços de segurança ucranianos indicaram o militar russo como “responsável pelo uso em massa de armas químicas proibidas”.

Em outubro, o Reino Unido já tinha aplicado sanções a Kirillov, pela supervisão do uso de armas químicas na Ucrânia e por ser considerado um "porta-voz significativo da desinformação do Kremlin".

O SBU tinha também acusado a Rússia de usar armas químicas mais de 4.800 vezes sob a liderança do general. As acusações foram sempre negadas por Moscou.

De acordo com a France Presse, as janelas de vários apartamentos ficaram estilhaçadas pela explosão e a polícia isolou a área. A entrada do edifício também ficou danificada.

As autoridades russas abriram processo criminal pelo assassinato dos dois militares. "Investigadores, peritos forenses e serviços operacionais estão trabalhando no local", disse o Comitê de Investigação.

A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, lamentou, em mensagem nas redes sociais, a perda de um "general destemido que nunca se escondeu nas costas dos outros", lutando "pela pátria e pela verdade".

O vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento russo, Konstantin Kosachev, prometeu que "os assassinos vão ser punidos sem piedade".

Este é o mais alto representante militar russo morto em Moscou desde o início da ofensiva russa contra o território ucraniano, em fevereiro de 2022.

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*Matéria alterada para atualização de informações