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Internacional

EUA: ação alega que TikTok sabia que crianças são exploradas em lives

Banimento da plataforma no país está programada para 19 de janeiro
Jonathan Stempel - Repórter da Reuters
Publicado em 04/01/2025 - 11:23
EUA
Câmara dos EUA aprova projeto de lei para forçar ByteDance a vender TikTok ou sofrer proibição. Foto: Solen Feyissa/Flickr
© Solen Feyissa/Flickr
Reuters

O TikTok sabe há muito tempo que as transmissões ao vivo na plataforma incentivam condutas sexuais e exploram crianças, e mesmo assim o rede social fez vistas grossas e “lucrou significativamente” com elas, segundo os autos de um processo no Estado norte-americano de Utah e que se tornaram públicos.

As acusações foram reveladas nesta sexta-feira (3), antes da programada proibição do TikTok nos Estados Unidos, em 19 de janeiro, que só pode ser revertida se a empresa chinesa dona da plataforma, a ByteDance, vender o popular aplicativo. 

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pediu à Suprema Corte do país que não aplique ainda o banimento. O TikTok afirma que prioriza as “lives” seguras.   

O processo original de Utah que acusa o TikTok de explorar crianças foi aberto em junho pela Divisão de Proteção ao Consumidor do Estado, com o procurador-geral Sean Reyes dizendo que o recurso de transmissão ao vivo criou um "clube de striptease virtual" ao conectar vítimas a predadores adultos, em tempo real.   

O TikTok criticou a publicação dos arquivos, citando preocupações com a confidencialidade e o interesse de “prevenir que atores maus tenham um mapa” para usar o app incorretamente. “Este processo ignora as várias medidas proativas que o TikTok implementou voluntariamente para dar suporte à segurança e ao bem-estar da comunidade", disse um porta-voz da plataforma nesta sexta-feira.

"Em vez disso, a queixa seleciona algumas citações enganosas e documentos desatualizados, e os apresenta fora do contexto, distorcendo nosso comprometimento com a segurança de nossa comunidade."