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Internacional

EUA atacam alvos do grupo extremista Estado Islâmico na Somália

Foi o primeiro ataque no segundo mandato de Trump
Lusa*
Publicado em 01/02/2025 - 16:43
Palm Beach (EUA)
Lusa

Os Estados Unidos (EUA) fizeram neste sábado (1º) ataques aéreos contra combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Somália, anunciou o presidente Donald Trump.

Os ataques visaram um líder do grupo extremista responsável pelo planejamento de atentados e “outros terroristas que ele recrutou e dirigiu na Somália”, afirmou o presidente em sua rede social Truth.

Foi o primeiro ataque no segundo mandato de Trump.

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, disse que os ataques do Comando Africano dos EUA (US Africom) foram dirigidos por Trump e coordenados com o governo da Somália.

Uma avaliação inicial do Pentágono indicou que nenhum civil foi ferido nos ataques.

Na mensagem na rede social, Trump escreveu que os ataques “destruíram as cavernas onde viviam e mataram muitos terroristas sem ferir civis”.

“Há anos que as nossas Forças Armadas têm como alvo este planejador de ataques do Estado Islâmico, mas (o ex-presidente Joe) Biden e os seus comparsas não agiram com a rapidez suficiente para fazer o trabalho. Eu agi!” disse Trump.

“A mensagem para o grupo extremista e para todos os outros que querem atacar norte-americanos é a seguinte: ‘Vamos encontrá-los e matá-los’”, frisou.

As autoridades militares dos EUA alertaram para o fato de as células do Estado Islâmico terem recebido cada vez mais orientações da liderança do grupo que se deslocou para o norte da Somália.

Essas orientações incluíam a forma de raptar ocidentais para obter um resgate, a aprendizagem de melhores táticas militares, a forma de se esconder dos ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados] e a construção dos próprios pequenos quadricópteros (‘drones’ de quatro hélices).

Em maio de 2024, um ataque aéreo militar norte-americano na Somália teve como alvo militantes do Estado Islâmico e matou três pessoas, segundo o Comando Africano dos EUA.

Estima-se que o número de militantes da organização no país seja de centenas, a maioria espalhada pelas montanhas de Cal Miskaat, na região de Bari, em Puntland, de acordo com o Grupo de Crise Internacional, ligado a questões de defesa e segurança.