Policiais civis acusados de extorsão são alvo de operação no Rio
A Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem hoje (28) mandados de prisão preventiva contra quatro policiais civis acusados de extorsão. Entre os alvos está Flavio Pacca Castello Branco, que foi conselheiro de segurança pública durante a campanha eleitoral do governador fluminense, Wilson Witzel.
Os outros policiais denunciados por extorsão são Ricardo da Costa Canavarro, conhecido como Ricardinho, Helio Ferreira Machado e Thiago Bacelo Pereira.
De acordo com o Ministério Público, em 5 de julho de 2017, os quatro ameaçaram dois presos e exigiram deles o pagamento de R$ 10 mil, dentro da Delegacia de Nova Iguaçu (52ª DP). As vítimas da extorsão policial haviam sido presas em flagrante por receptação e furto de energia.
Mas, em vez de autuá-las oficialmente, os agentes policiais praticaram a extorsão. As vítimas concordaram com o pagamento em duas parcelas, mas só pagaram a primeira.
Esta é a terceira fase da Operação Quarto Elemento, que já denunciou 48 pessoas, entre delegados de Polícia Civil, policiais civis, policiais militares, bombeiros militares, agente penitenciário e informantes, por práticas de crimes como organização criminosa, corrupção, usurpação de função pública, concussão e peculato, além de extorsão.
Witzel nega
À tarde, o governador Wilson Witzel negou que Pacca fosse seu conselheiro de segurança. Ele falou com a imprensa durante evento de assinatura de patrocínio ao carnaval no Sambódromo.
“Primeiro, que ele não é o meu consultor de segurança. Ele foi candidato a deputado federal no PSC. Para se candidatar, ele apresentou suas certidões de antecedentes criminais e disputou a eleição. Eu não preciso de consultor de segurança. Eu sou professor de direito penal, sempre trabalhei para estabelecer minha política pública de segurança, juntamente com outros acadêmicos, ouvindo pessoas que já trabalharam na segurança pública”, disse Witzel.
Questionado sobre sua proximidade com Pacca, com quem aparecia em fotos e vídeos nas redes sociais, o governador disse que ambos foram colegas de faculdade: “A convivência com colegas de faculdade e alunos é normal. Agora, se algum ato ilícito foi cometido, que ele seja responsabilizado, responda com relação a isso. Que responda na Justiça por qualquer fato que tenha praticado”.
O texto foi ampliado às 20h31