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Butantan amplia fábrica e aumenta produção de soros para 750 mil doses por ano

O instituto concluiu obras de modernização e ampliação da fábrica de
Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/08/2015 - 16:32
São Paulo
Extração de veneno de cobra (Divulgação/Instituto Vital Brasil)
© Divulgação/Instituto Vital Brasil
Extração de veneno de cobra (Divulgação/Instituto Vital Brasil)

Cobras, aranhas e escorpiões fornecem veneno para a produção dos sorosDivulgação/Instituto Vital Brasil

O Instituto Butantan finalizou obras de modernização e ampliação de sua fábrica de soros e estoques para atender aos novos padrões exigidos pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) na fabricação de medicamentos. O novo prédio do Laboratório de Artrópodes, onde são criadas as aranhas e escorpiões que fornecem o veneno para a produção de soro, já está pronto.

““Teremos produtos ainda melhores, e poderemos fazer mais soro para atender à demanda brasileira. Também vamos ajudar países que não têm soros de qualidade. Teremos controle maior sobre a produção e, com isso, melhorar e contribuir com o desenvolvimento tecnológico do Brasil. Nossa produção passará de 400 mil doses para 750 mil por ano”, disse o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.

Foram investidos nas obras R$ 43 milhões da Fundação Butantan e do governo federal. Cerca de R$ 21 milhões foram usados na reforma da fábrica de soros. Atualmente, o instituto produz 13 diferentes tipos de soro para tratamento em caso de acidentes com animais peçonhentos, raiva em humanos, botulismo, difteria e tétano.

A unidade passa agora por etapas de qualificação de equipamentos e instalação de mobiliário. Depois disso, será submetida à avaliação da Anvisa para obter os certificados necessários para entrar em operação, o que deve ocorrer em fevereiro de 2016.

Segundo a direção do Instituto Butantan, a fábrica de soros conta com alto nível de automação, principalmente no processo de fracionamento de plasma. Foram comprados 28 novos equipamentos e reformados dois tanques de 1.200 litros.

Jorge Kalil informou que o Butantan está renovando o parque fabril das vacinas, que também não se encaixava nas novas especificações da Anvisa. “Isso é bom para o Brasil, porque cada vez mais vamos nos equiparando a outros países”.

De acordo com Kalil, o Butantan está terminando a segunda fase do ensaio clínico da vacina contra a dengue, com um pequeno grupo de pessoas. “Assim, logo começaremos a Fase 3, na qual serão imunizados 17 mil indivíduos, entre vacinados e placebos, para vermos quão eficiente é a vacina em uma dose só”.