Cardozo e Gilberto Carvalho são convocados para falar sobre conflito no RS
A Comissão de Agricultura da Câmara convocou os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para dar explicações sobre o conflito entre produtores rurais e índios, no município gaúcho de Faxinalzinho. Como os requerimentos são de convocação, os ministros são obrigados a comparecer à comissão.
Para os deputados Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Giovanni Queiroz (PDT-PA), autores do requerimento aprovado hoje (7), houve omissão do governo na região, o que, segundo eles, colaborou para a morte de dois agricultores, ocorridas no dia 28 de abril. Índios caingangues são suspeitos do crime.
“O que vínhamos alertando ao governo há meses, infelizmente, aconteceu. Dois jovens produtores rurais foram covardemente assassinados por índios. Mesmo sabendo do clima de tensão no município – pois não dá para acreditar que ele não fosse informado – o senhor Cardozo nada fez para tentar impedir que o crime se concretizasse”, diz trecho do requerimento.
Na semana passada, em evento no Ministério da Justiça, Cardozo negou omissão no caso e ponderou que a pasta tem agido de forma a tentar conciliar o conflito. Na ocasião, o ministro disse que não precisaria ser convocado para ir ao Congresso prestar esclarecimentos sobre o assunto.
Já a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou a convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, para prestar esclarecimentos sobre empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é ligado à pasta.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tinha sido convidado para ir hoje à comissão a fim de esclarecer informações sobre a concessão de empréstimo à Construtora Odebrecht, para realização das obras do Porto de Mariel, em Cuba, e também sobre o financiamento ao Grupo JBS – Friboi e o Fundo Amazônico. Como Coutinho não compareceu, os parlamentares aprovaram a convocação de Mauro Borges.
As datas das reuniões ainda não foram marcadas.