Luiz Henrique diz que já tem 45 votos para ser presidente do Senado
O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) disse hoje (30) que espera ter 45 votos em apoio à sua candidatura à presidência do Senado. Caso a expectativa se confirme, o número será suficiente para elegê-lo no próximo domingo (1º).
Luiz Henrique concedeu entrevista coletiva nesta tarde, acompanhado de líderes partidários e representantes do PDT, DEM, PP, PSOL, PSDB e PSB. “Somados, esses partidos representam a certeza absoluta, a convicção de que colheremos uma vitória no domingo. Será a vitória da mudança contra o continuísmo”, disse o senador.
Entretanto, alguns dos partidos contabilizados pelo senador ainda precisam de reuniões internas para oficializar o apoio. É o caso do PSB, que já retirou candidatura própria e deve se reunir até amanhã (31) para decidir.
O PMDB, partido de Luiz Henrique, também terá reunião para anunciar o nome que disputará a presidência do Senado. Por ter a maior bancada da Casa, com 19 senadores, o partido tem a prerrogativa de indicar o presidente, conforme acordo histórico.
A candidatura de Luiz Henrique foi construída a partir da movimentação de partidos insatisfeitos com a demora do PMDB. Entre os líderes desses partidos, o nome do atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), era tido como certo para reeleição, mas ele nunca admitiu oficialmente que fosse candidato.
“Há 45 anos, um mesmo grupo se eterniza na direção da Casa. A reclamação que mais escuto dos senadores é que os relatores são sempre os mesmos, os presidentes são sempre os mesmos, os que ocupam funções relevantes são sempre os mesmos. Vamos democratizar a Casa”, adiantou o senador catarinense.
Durante a coletiva, Luiz Henrique informou que sua chapa manterá a regra da proporcionalidade e garantirá, por exemplo, que o PT, que tem a segunda maior bancada, fique com a primeira vice-presidência. Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que a bancada só se posicionará após a reunião do PMDB.
Admitindo a possibilidade de Renan Calheiros ser candidato, Costa prefere esperar que o partido chegue a um consenso. O líder petista sugeriu que, caso os dois pemedebistas sejam candidatos, o PT apoie o que for indicado oficialmente. “A tendência é que votemos no candidato oficial. Por isso, nosso desejo é que eles possam se entender. São dois senadores que têm muito a contribuir como Parlamento.”