Renan avalia como "impropriedades" informações sobre processo do MP
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota pública hoje (9), na qual classifica de “impropriedades” informações segundo as quais ele virou réu em processo de improbidade administrativa por causa do escândalo que, em 2007, o levou a renunciar à presidência da Casa. As informações foram divulgadas pela imprensa ontem (8),
Renan afirmou ainda que a ação foi formalizada somente às vésperas das eleições de 2014, de modo a criar “novos constrangimentos”, uma vez que o inquérito civil ficou parado por sete anos. O senador acrescentou que, com “documentos autênticos” e abertura de seus sigilos bancário e fiscal, provou que a origem de sua renda era lícita.
Na época, Renan chegou a sofrer processo no Conselho de Ética do Senado, depois de descoberto que a Construtora Mendes Júnior pagava a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso. Agora, oito anos após, o juiz Waldemar Claudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal, aceitou pedido do Ministério Público Federal (MPF) para apurar se Renan obteve vantagens em decorrência do fato.
Na nota, o presidente do Senado esclareceu que "o assunto não envolve dinheiro público” e que a iniciativa de requerer formalmente ao Ministério Público para ser investigado partiu dele. De acordo com o documento, “não existe qualquer emenda ao Orçamento, de autoria do senador Renan Calheiros, que tenha resultado em liberação de verba para a Construtora Mendes Júnior”.
Uma das acusações é que o presidente do Senado falsificou um documento apresentado em sua defesa.
“O despacho do juiz da 14ª Vara da Justiça Federal não apreciou o mérito da ação. Os mesmos fatos foram apurados com total profundidade no Conselho de Ética do Senado Federal, mediante exaustiva produção de provas, e foram arquivados em 2007”, explicou a nota divulgada por Renan.
A ação na Justiça Federal da qual virou réu agora é civil, mas os fatos também são investigados na esfera penal pelo Supremo Tribunal Federal.