Grevistas se recusam a deixar MEC antes de resposta sobre reivindicações
Parte do comando de greve dos técnicos administrativos de instituições federais de educação superior, categoria que faz greve desde o dia 28 de maio, participou hoje (15) de uma reunião na Secretaria de Educação Superior, do Ministério da Educação, mas se recusa a deixar a sala enquanto não houver resposta positiva às demandas que motivaram a paralisação.
A informação é da federação dos trabalhadores (Fasubra), que divulgou uma foto em que os integrantes do comando de greve estão em uma sala de reuniões segurando papéis com a frase “MEC ocupado. Fasubra”. A assessoria de comunicação do ministério nega que haja ocupação e diz que segue a negociação com o comando de greve.
Segundo o coordenador-geral da federação, Gibran Jordão, os grevistas foram ao MEC pedir uma resposta para a contraproposta de reajuste e reivindicações apresentadas pela categoria e permanecer no prédio até obter uma resposta favorável às demandas. “Como vieram essas medidas do governo, o grupo exigiu que o governo desse uma resposta e revertesse a posição em relação a reajuste e cortes no orçamento”, disse Jordão.
Ele explicou que, diante da proposta do governo de reajuste de 10,8%, dividido em dois anos, os técnicos administrativos apresentaram uma contraproposta de 9,5% em 2016 e 5,5% em 2017 e aguardavam uma resposta.
“Fomos surpreendidos com um pacotaço do governo, que joga qualquer possibilidade de reajuste para agosto de 2016. Isso significa sete meses de congelamento salarial e, além disso, corta direitos como abono permanência e suspende os concursos públicos”, disse se referindo às medidas apresentadas pelo governo.
Outro grupo do comando de greve da Fasubra está em frente ao prédio do MEC com faixas, carro de som e fogos de artifício. A estimativa da Fasubra é que 60 instituições tenham aderido à greve.