logo Agência Brasil
Política

Senado aprova MP que eleva imposto sobre ganhos de capital e libera pauta

Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 23/02/2016 - 19:58
Brasília
Brasília - Sessão do plenário do Senado analisa a Medida Provisória 692/2015, que eleva a tributação dos ganhos de capital para pessoas físicas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Brasília - Sessão do Plenário do Senado analisa a Medida Provisória (MP) 692/2015, que eleva a tributação dos ganhos de capital para pessoas físicas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Aprovada na Câmara e no Senado, MP segue agora à sanção presidencialFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou hoje (23) a Medida Provisória (MP) 692/15, que aumenta progressivamente o Imposto de Renda sobre ganhos de capital - a diferença entre os rendimentos recebidos com a venda de um ativo (como ações e imóveis) e o custo de aquisição dele. Hoje o tributo é cobrado em alíquota única de 15%.

Os senadores aprovaram o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), por 56 votos a 11 e com uma abstenção. A MP também fixa regras para a quitação de dívidas tributárias com a doação de imóveis em pagamento.

O texto proposto por Jereissati estabelece progressividade no pagamento do tributo. Pela proposta, a alíquota de 15% permanece para os ganhos que não ultrapassarem R$ 5 milhões. A partir daí, a alíquota aumenta progressivamente para 17,5% sobre a parcela dos ganhos acima de R$ 5 milhões e que não ultrapassem R$ 10 milhões; 20% sobre a parcela dos ganhos acima de R$ 10 milhões e abaixo de R$ 30 milhões; e, por fim, 22,5% sobre a parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30 milhões.

A MP foi aprovada sem alterações em relação ao texto da Câmara dos Deputados e, por isso, segue agora para sanção da presidenta Dilma Rousseff. A aprovação da medida provisória destrancou a pauta do Senado e o plenário da Casa começará a discutir agora o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que propõe o fim da participação obrigatória da Petrobras na exploração do pré-sal.