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Política

Defesa pede absolvição de Vaccari em ação penal da Lava Jato

Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/04/2016 - 13:30
Brasília
Brasília - O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto depõe na CPI dos Fundos de Pensão (José Cruz/Agência Brasil)
© José Cruz/Agência Brasil
Brasília - O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto depõe na CPI dos Fundos de Pensão (José Cruz/Agência Brasil)

Nas alegações enviadas à Justiça Federal, a defesa diz que não há provas contra VaccariArquivo/Agência Brasil

A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu a absolvição do seu cliente na ação penal decorrente da 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco. O pedido foi feito nas alegações finais entregues pelos advogados à Justiça Federal no Paraná.

Nas alegações, protocoladas na terça-feira (19), a defesa de Vaccari diz que não há provas contra ele. “Muito embora a acusação pleiteie a condenação do acusado Sr. Vaccari, não existem nos autos provas que justifiquem a tese acusatória, devendo o acusado ser absolvido das acusações que lhe são impostas, diante dos elementos colhidos neste feito, que demonstram ser o acusado inocente.”

No último dia 7, o Ministério Público Federal (MPF) também entregou as alegações finais e pediu à Justiça Federal no Paraná a condenação de Vaccari, do ex-ministro José Dirceu, e de mais 13 réus da ação penal da Pixuleco. No pedido, o MPF acusa Vaccari do crime de corrupção passiva.

Os advogados dizem que nenhuma prova foi encontrada que demonstrasse algo contra Vaccari, e que as acusações feitas se baseiam apenas em delações. “O Ministério Público Federal imputa ao acusado a conduta de ter participado de empreitada criminosa, baseando-se apenas nas precárias informações conseguidas por meio de delações premiadas e, mesmo assim, extremamente frágeis e carentes de demonstração fática, pois nada, absolutamente nada, corroborou tais delações, quando se referem desfavoravelmente ao acusado.”

Além de Vaccari Neto e do ex-ministro José Dirceu, na mesma ação penal são réus Júlio Camargo, Pedro Barusco, Olavo Hourneaux de Moura Filho, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, Roberto Marques, Julio César Dos Santos, Renato Duque, Pedro Barusco, Gerson Almada, Cristiano Kok, José Antunes Sobrinho, Milton Pascowitch e José Adolfo Pascowitch. A denúncia contra eles foi aceita pelo juiz federal Sérgio Moro em setembro do ano passado.