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Política

Prefeito citado como exemplo em votação do impeachment é preso em Brasília

Prefeito de Montes Claros (MG), Ruy Muniz é casado com a deputada
Da Agência Brasil
Publicado em 18/04/2016 - 13:13
Brasília
Deputada federal Raquel Muniz (Divulgação/Agência Câmara)
© Divulgação/Agência Câmara
Deputada federal Raquel Muniz (Divulgação/Agência Câmara)

Na votação da abertura de impeachment de Dilma, a deputada Raquel Muniz citou o marido como exemplo de gestorDivulgação/Agência Câmara

O prefeito da cidade mineira de Montes Claros, Ruy Muniz, foi preso na manhã de hoje (18), em Brasília, na Operação Máscara da Sanidade 2, da Polícia Federal, que investiga crimes de falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação pública, estelionato, prevaricação e peculato.

Ruy Muniz é casado com a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) que ontem, durante a votação de admissibilidade do impeachment, citou o marido como exemplo de gestor: "O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com a sua gestão".

Além do prefeito, também estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva contra a secretária de Saúde do município, Ana Paula Nascimento, e mais quatro mandados de busca e apreensão e dois de busca pessoal. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.

As investigações mostram que os acusados, direta e indiretamente, pretendiam inviabilizar a existência e o funcionamento dos hospitais públicos e filantrópicos de Montes Claros que atendem pelo Sistema Único de Saúde para favorecer hospital particular pertencente e gerido pelo prefeito e seus familiares.

Procurada, a Prefeitura de Montes Claros informou que Ruy Muniz segue no pleno exercício do cargo e que todos os órgãos da Administração continuam funcionando normalmente.

“Ao cobrar profundas mudanças no sistema de saúde de Montes Claros, em defesa da população, o prefeito contrariou interesses e provocou forte perseguição política. A Prefeitura tem plena convicção de que a decisão, absurda, será revertida e a Justiça prevalecerá”, diz nota da prefeitura.

Procurada pela Agência Brasil a deputada Raquel Muniz não se manifestou sobre o assunto.