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Política

Cardozo quer levar até 20 testemunhas de Dilma ao julgamento em plenário

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/08/2016 - 21:20
Brasília
Brasília -  Plenário do Senado vota o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Na foto, o Advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O advogado de defesa da presidenta afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, disse hoje (3) que a defesa e a acusação no processo de impeachment devem ter direito a apresentar cinco testemunhas para cada fato imputado a Dilma no julgamento em plenário. Como são quatro fatos – três decretos de suplementação orçamentária e uma operação de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil –, Cardozo quer levar 20 testemunhas ao plenário do Senado.

Brasília - O advogado José Eduardo Cardozo e o relator Antonio Anastasia durante sessão da Comissão do Impeachment para discutir o relatório do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O advogado José Eduardo Cardozo e o relator Antonio Anastasia durante sessão da Comissão do Impeachment Antonio Cruz/Agência Brasil

“A informação que eu tive é que ele [presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski] vai adotar por analogia o rito do tribunal do juri, em que são cinco testemunhas. No nosso entendimento são cinco testemunhas por fato, ou seja, seriam até 20 testemunhas. Não posso ter uma leitura que não seja essa: cinco por fato imputado, da mesma forma que se teve oito por fato imputado na fase anterior”, disse.

Segundo Cardozo, quem vai decidir sobre o assunto é o STF e Lewandowski terá a palavra final. “Vamos ouvir o presidente Lewandowski e, claro, mais que ouvir, vamos saber respeitar sua decisão”, disse o advogado esta noite, ao deixar a reunião de hoje da Comissão Processante do Impeachment, que discutiu o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Cardozo voltou a criticar o parecer e a questionar a conduta de Anastasia que, segundo ele, é suspeito para relatar o impeachment porque pertence a um partido que era oposição ao governo de Dilma Rousseff. “O senador Anastasia é um homem brilhante, correto, mas, sem dúvida, ele atendeu ao seu partido”, disse.