Moraes: estados e procuradores vão analisar Plano Nacional de Segurança
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que o novo Plano Nacional de Segurança só será lançado pelo governo nas próximas semanas, após o projeto que está em análise ser apresentado aos secretários de Segurança Pública e procuradores-gerais de Justiça estaduais. Mais cedo, ele havia sinalizado que a proposta, que pretende combater a criminalidade e o alto índice de homicídios no país, seria apresentada nesta quarta-feira (19).
Segundo o ministro, o que vai ocorrer nesta semana é uma reunião com os dois núcleos criados pelo governo para elaborarem mapeamentos de inteligência sobre as ocorrências de assassinatos e transporte de armas em todas as 27 capitais. Os dois grupos já se reuniram nas últimas semanas e são formados por secretários de Segurança Estaduais e membros do Ministério Público.
“Nós estamos agora finalizando mais uma versão para uma reunião que eu tenho quarta-feira, já pré-agendada. Eles vão analisar essas novas propostas, vão dar outras propostas, para que nós possamos fechar o Plano Nacional de Segurança Pública em 15 dias, no máximo três semanas”, disse Moraes.
O Ministério da Justiça também divulgou uma nota após as primeiras declarações do ministro . No comunicado, o órgão informa que somente após a reunião desta quarta a “minuta do plano será discutida com todos os estados e Distrito Federal”.
Guerra de facções em presídios
Moraes conversou com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, nesta segunda-feira (17) sobre o aumento do fluxo migratório de venezuelanos pela fronteira com Roraima, o que tem pressionado a demanda por serviços públicos na capital Boa Vista. Ele informou que uma comissão do governo federal visitará o município na próxima semana para avaliar as condições e levantar os números de entrada e saída das pessoas que vêm do país vizinho fazer compras e acabam ficando mais tempo que o previsto.
Sobre a guerra de facções criminosas que culminou com a morte de mais de dez presos nesse fim de semana em Roraima e Rondônia, o ministro disse se tratar de um problema “pontual” e que não houve até o momento pedido de transferência de detentos para presídios federais.
“Nós estamos analisando as 18 mortes que ocorreram. Uma delegação do Depen [Departamento Penitenciário Nacional] está se locomovendo para lá para que possamos ver a gravidade da situação. Obviamente a situação é gravíssima, com mortos, mas [verificar] se persiste ou não, e a partir daí tomar as medidas necessárias. Não foi pedido [reforço da Força Nacional de Segurança] porque foi uma situação pontual”, disse.