Conselho de Ética da Câmara adia decisão sobre processo contra Jean Wyllys
![Wilson Dias/Agência Brasil Brasília - O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo, e o relator do caso, deputado Ricardo Izar, durante o adiamento da votação de processo contra Jean Wyllys (Wilson Dias/Agência Brasil)](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Brasília - O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo, e o relator do caso, deputado Ricardo Izar, durante o adiamento da votação de processo contra Jean Wyllys (Wilson Dias/Agência Brasil)](/sites/default/files/atoms/image/1071203-wdol_abr_29.03.2017-9824.jpg)
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo, e o relator do caso, deputado Ricardo Izar
A votação do parecer do deputado Ricardo Izar (PP-SP) sobre a representação contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara foi adiada para a quarta-feira (5). A mudança ocorreu em função do início da Ordem do Dia no plenário da Câmara. No parecer, Izar propõe a suspensão do exercício do mandato do parlamentar por quatro meses.
![Deputados federais Jean Wyllys e Jair Bolsonaro (Arquivo/Agência Brasil)](/sites/default/files/atoms/image/jean_wyllys_e_jair_bolsonaro.jpg)
Deputados federais Jean Wyllys e Jair Bolsonaro
Jean Wyllys responde a processo no Conselho de Ética em função de representação movida contra ele pela Mesa Diretora da Câmara. Durante a votação do pedido de admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara, em abril do ano passado, o parlamentar do PSOL cuspiu no também deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Durante o processo no conselho, Jean Wyllys justificou o gesto e disse que apenas reagiu aos insultos de Bolsonaro, que o teria chamado de "queima rosca", "bichinha" e "veadinho", entre outros termos homofóbicos. A defesa de Wyllys considera que o processo no conselho está sendo pautado por “disputas ideológicas”.
No começo da reunião, deputados integrantes do conselho iniciaram a discussão do parecer do relator, quando o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) sugeriu a diminuição da pena de suspensão das prerrogativas parlamentares (com proibição para discurso em plenário e designação como relator, por exemplo) contra Wyllys para dois meses. “Não há dúvida de que o cuspe foi atitude atentatória ao decoro, mas a punição é muito dura”, disse Marcos Rogério.
Outro que pediu mudanças no parecer do relator visando à diminuição da penalidade contra Wyllys foi o próprio presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA). Segundo ele, o ano passado foi muito conturbado para o Parlamento e para o Brasil e, por isso, os ânimos estiveram muito acirrados. “[Agora] estamos iniciando um novo período”.
Além dos pedidos para o abrandamento da punição, os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Leo de Brito (PT-AC) apresentaram votos em separado em que sugerem a aplicação de pena de advertência verbal e o arquivamento do processo, respectivamente.
![Logo da Agência Brasil](https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/themes/agenciabrasil_v3/images/thumb_rdag_small.webp?sno5qi)
![Marcelo Camargo/Agência Brasil Sede da Polícia Federal em Brasília](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Foto reprodução. São Paulo-11/01/2025 Homens armados atacaram um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no interior de São Paulo, no fim da noite desta sexta-feira (10). Na foto Gleison Barbosa e Valdir Nascimento. Foto Reprodução.](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)