Congresso Nacional do PT: Lula diz que é preciso recuperar autoestima do partido
Na abertura do 6º Congresso Nacional do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no final da noite ontem (1º), que é preciso recuperar a autoestima do partido e preparar o caminho para a "esquerda voltar a governar o país". "2018 está longe para quem não tem esperança. Para nós, está bem aí. Se a esquerda fizer um programa, um discurso, vamos voltar a governar este país", afirmou Lula.
Ao lado de deputados e senadores que defendem a aprovação de proposta de emenda à Constituição para eleição direta em caso de vacância dos cargos de presidente e vice-presidente da República, Lula falou apenas das eleições de 2018. Para ele, o partido precisa voltar a despertar a esperança da sociedade.
"Neste congresso, vocês irão se engalfinhar em disputas de teste e críticas. Ao discursarem amanhã [hoje], não falem para vocês mesmos, mas falem para os milhões de brasileiros que não estão aqui. Menos brigas internas e mais brigas externas. Aqui, são só adversários momentâneos; lá fora, são inimigos que querem nos destruir", afirmou Lula.
Aberto hoje, o 6º Congresso Nacional do PT reúne cerca de 600 delegados de todos os estados e do Distrito Federal que vão escolher, no sábado (3), a nova diretoria do PT para os próximos dois anos.
Sobre as ações a que responde na Justiça, que podem inviabilizar uma eventual candidatura à Presidência em 2018, Lula disse que se defenderá de todas as acusações e que os procuradores da Operação Lava Jato terão que provar que ele não é inocente. Lula ironizou as delações dos executivos da Odebrecht e da JBS. "Um empresário canalha diz que eu tenho conta no exterior, mas a conta está no nome dele, e é ele que movimenta o dinheiro."
Participaram da cerimônia de abertura do congresso a ex-presidenta Dilma Rousseff, os governadores Wellington Dias, do Piauí,, e Fernando Pimentel, de Minas Gerais, além do ex-ministro e prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva. Em seu discurso, Dilma defendeu as eleições direitas e uma "profunda" reforma política. "É fundamental as diretas já e propor reformas políticas profundas. Sem elas, o Brasil é ingovernável", afirmou Dilma.
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