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Política

Maia diz que reforma política será votada até o final deste mês pela Câmara

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 08/08/2017 - 20:08
Brasília
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, fala à imprensa (Wilson Dias/Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu a aprovação de um sistema eleitoral mais barato e mais próximo ao eleitorWilson Dias/Agência Brasil

A votação da reforma política pela Câmara dos Deputados deverá ser concluída até o final deste mês, na previsão do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele defendeu a aprovação de um sistema eleitoral mais barato e mais próximo ao eleitor. “A gente vai avançar na reforma política. Ela é uma das reformas que colaboram com as mudanças que o Brasil precisa. Vamos avançar sim. Podem ter certeza que a Câmara terá a reforma política aprovada em agosto”.

Maia, que é defensor da chamada lista pré-ordenada nas eleições, disse que ela não deverá ser aprovada pelos deputados. “A lista pré-ordenada foi confundida com lista escondida, o que não é verdade. Ao contrário, daria muita clareza para o processo eleitoral. Sabemos que não será vitoriosa, e temos que admitir quando não há maioria”, disse.

O deputado informou que está trabalhando para aprovar um sistema eleitoral que faça a transição nas eleições de 2018 e que chegue ao sistema distrital misto nas eleições de 2022, onde a metade dos parlamentares continuaria sendo eleita de forma proporcional, enquanto a outra metade chegaria à Câmara pelo voto majoritário em regiões eleitorais.

Ao falar sobre a criação do fundo para financiar as eleições de 2018, no valor de R$ 3,5 bilhões, constante da proposta de reforma política em discussão na Câmara, Rodrigo Maia disse que o ideal é que não tivesse a necessidade desse fundo e que as eleições fossem mais baratas. Ele admitiu que o financiamento de campanhas por empresas possa voltar a ser discutido pelo Congresso.

“Em algum momento, com limite e transparência, podemos voltar ao financiamento privado, mas, infelizmente, a relação da política com o setor privado passou do limite. Para o retorno do financiamento privado, deve ser construído um sistema eleitoral mais simples, mais barato e de mais fácil fiscalização”, disse.