logo Agência Brasil
Política

“Valeu cada minuto de labuta e até de sofrimento”, afirma Janot

A partir de segunda-feira (15), a Procuradoria-Geral da República (PGR
André Richter – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/09/2017 - 19:12
Brasília
Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante a 22ª Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul (REMPM).  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo
Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante o lançamento da campanha Todos juntos contra a corrupção (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo JanotMarcelo Camargo/Arquivo/ABr

Depois de quatro anos, o procurador Rodrigo Janot cumpriu nesta sexta-feira (15) seu último dia útil de trabalho no comando do Ministério Público Federal (MPF). A partir de segunda-feira (15), a Procuradoria-Geral da República (PGR) será comandada por Raquel Dodge. No principal compromisso do dia, Janot reuniu a equipe para apresentar o balanço de sua gestão e disse que a esperança triunfa no Ministério Público.

“Juntos vivemos e escrevemos um capítulo muito especial na história do país e do Ministério Público. A esperança ainda triunfa nesta casa. Valeu a pena para mim cada minuto de labuta, e até de sofrimento”, disse Janot aos colaboradores do gabinete e a servidores da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Durante o encontro, o procurador ganhou um arco e uma flecha de origem indígena, da tribo Xokó, como presente de aniversário. Janot completou 61 anos nesta sexta-feira. "Enquanto houver bambu, lá vai flecha", disse Janot recentemente, em uma palestra, fazendo referência ao processo de investigação da JBS.

Balanço

De acordo com dados referentes ao segundo período de Janot na Procuradoria, que comandou de 2013 a 2017, na área criminal, que envolve a Operação Lava Jato, foram feitos 242 pedidos de abertura de inquérito, 98 pedidos de busca e apreensão, de interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário e 66 denúncias foram enviadas à Justiça.

Raquel Dodge

Brasília - Raquel Dodge, subprocuradora-geral da República durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para o cargo de Procurador-Geral da República (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A procuradora Raquel DodgeMarcelo Camargo/ABr

Na segunda-feira (18), Janot será substituído na chefia da PGR por Raquel Dodge, indicada para o cargo pelo presidente Michel Temer. Raquel foi a segunda mais votada em eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República, que deu origem à lista tríplice enviada ao presidente para subsidiar sua escolha. Em julho, ela foi aprovada pelo plenário do Senado por 74 votos a 1 e uma abstenção.

Mestre em direito pela Universidade de Harvard e integrante do Ministério Público Federal há 30 anos, Raquel Dodge é subprocuradora-geral da República e atuou em matéria criminal no Superior Tribunal de Justiça.