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Política

PSOL homenageia vereadora Marielle Franco em ato no centro do Rio

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/03/2018 - 16:03
Rio de Janeiro
BRA01. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 15/03/2018.- Fotografía fechada el 23 de noviembre de 2017, cedida por CMRJ, que muestra a la concejala Marielle Franco. Amnistía Internacional (AI) pidió al Estado brasile o garanti

Marielle Franco  foi assassinada na quarta-feira, por volta das 20h, com quatro tiros na cabeça, quando ia para casa no bairro da Tijuca, zona norte do RioEFE/Mário Vasconcellos/Direitos Reservados

Parlamentares e militantes do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) homenagearam hoje (16) a vereadora Marielle Franco, assassinada na última quarta-feira (14) com o motorista Anderson Gomes. Em meio a lágrimas e desabafos, os discursos afirmaram a importância de não permitir que a violência silencie as lutas da vereadora, que era negra, feminista e nascida no Complexo da Maré.

Vereadora mais votada de Niterói, na região metropolitana do Rio, Talíria Petrone (PSOL) discursou com uma voz rouca e emocionada, lembrando da importância da representatividade de mulheres, negros, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros e moradores de favela na política.

"Se eles achavam que a Marielle estava sozinha, eles estão enganados. A Marielle é cada uma de nós", disse Talíria que lembrou também a dedicação de Marielle à favela da Maré. "Conheci Marielle na favela, lugar que era dela, e que sempre foi a prioridade da sua voz".

Em seu primeiro mandato na Câmara Municipal do Rio, o vereador David Miranda também chorou ao falar sobre a amiga e vereadora e pediu que a militância se mantenha firme na luta contra a discriminação e a desigualdade.

"Minha amiga morreu, mas não foi em vão. Todos vocês têm a responsabilidade de levar dentro do seu coração a luta que ela tinha pela democracia e pela juventude negra", disse Miranda, ao acrescentar que a manifestação de ontem no centro do Rio de Janeiro "mostrou que a semente dela continua".

O deputado federal Chico Alencar lembrou que Marielle costumava estar na manifestação do Buraco do Lume toda sexta-feira. O ato no centro do Rio é tradicionalmente usado por parlamentares do PSOL para prestar contas das ações de seus mandatos.

Marielle foi assassinada na quarta-feira, por volta das 20h, com quatro tiros na cabeça, quando ia para casa no bairro da Tijuca, zona norte do Rio, retornando de um evento ligado ao movimento negro, na Lapa. A parlamentar viajava no banco de trás do carro, quando os criminosos emparelharam com o carro da vítima e atiraram nove vezes.

Além da vereadora, também morreu no ataque Anderson Gomes, que trabalhava como motorista para o aplicativo Uber e prestava serviços eventuais para Marielle. Uma assessora que também estava no carro sobreviveu ao ataque.