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Política

GSI oferece ajuda à presidente do Supremo para apurar vandalismo em BH

Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/04/2018 - 12:31
Brasília
Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, durante julgamento do pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula (José Cruz/Agência Brasil)

  Prédio em que a ministra Cármen Lúcia tem apartamento em Belo Horizonte foi pichado na

sexta-feira  José Cruz/Arquivo/Agência Brasil

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), ministro Sérgio Etchengoyen , ofereceu à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),ministra Carmem Lúcia, ajuda do governo federal para apurar as responsabilidades sobre o ataque ao prédio no qual a ministra tem apartamento em Belo Horizonte. Nesta sexta-feira (6), o edifício foi todo pichado de vermelho com frases que atacavam o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, e o presidente Michel Temer.

Segundo a assessoria de imprensa do GSI, o general Etchengoyen telefonou para Carmem Lúcia para prestar solidariedade e apoio e ressaltou que considerou "lamentável" o ocorrido.

Procuradas pela Agência Brasil, nem a assessoria do STF, nem a assessoria do GSI informaram se a ministra aceitou a ajuda.

Repercussão

Ontem, várias entidades manifestaram-se sobre o ocorrido. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) repudiou os atos de vandalismo e destacou que "tem advertido constantemente para os riscos que a democracia brasileira tem corrido, pela intolerância que determinados segmentos tem pregado, com incitações à quebra da normalidade democrática".

Já o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luís Cláudio Chaves, disse que qualquer ataque a magistrados no exercício da função jurisdicional tem que ser repudiado.

A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), por sua vez, afirmou que nenhum magistrado pode ser constrangido ou punido por suas decisões.