logo Agência Brasil
Política

Justiça Federal aceita 22ª denúncia contra Sérgio Cabral

Também foram denunciados o ex-presidente da Fecomércio-RJ Orlando
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/04/2018 - 11:18
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral é levado preso na operação Lava Jato em viatura da Polícia Federal na sede na Praça Mauá (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Arquivo/Fernando Frazão/Agência Brasil
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral - Antônio Cruz/Arquivo Agência Brasil

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e outras 12 pessoas são acusadas de corrupção e lavagem de dinheiroAntônio Cruz/Arquivo Agência Brasil

A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro aceitou nesta semana a 22ª denúncia contra o ex-governador fluminense Sérgio Cabral. Além de Cabral, foram denunciados o ex-presidente da Federação do Comércio do Rio (Fecomércio-RJ) Orlando Diniz e outras 11 pessoas, por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Orlando Diniz ofereceu vantagens indevidas a Cabral em benefício de empresas associadas à Fecomércio-RJ e também empregou funcionários fantasmas no sistema Sesc/Senac (que abrange o Serviço Social do Comércio e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, ao qual a Fecomércio é vinculada), a pedido do ex-governador. O esquema teria movimentado quase R$ 6 milhões.

O MPF diz ainda que o presidente da Fecomércio valeu-se por diversas vezes do esquema de lavagem de dinheiro comandado por operadores financeiros de Cabral para ocultar e dissimular a origem ilícita de dinheiro.

A denúncia também apontou envolvimento de Wilson Carlos, Ary Filho, Sérgio Castro de Oliveira, o Serjão, Carlos Miranda, Jaime Luiz Martins, João do Carmo Monteiro Martins, Manuel João Pereira, Sônia Ferreira Batista, Carla Carvalho Hermansson, Ione Brasil Macedo e Gladys Silva Falci de Castro Oliveira.

Em dois casos, segundo a narrativa do MPF, duas funcionárias pagas pela Fecomércio prestavam serviço direto a Cabral, como secretária particular e chefe de cozinha. Nos demais casos, funcionárias e familiares dos envolvidos recebiam sem trabalhar.

As irregularidades começaram ainda no ano de 2004, quando Cabral era presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e prosseguiram durante os dois mandatos dele como governador.

A denúncia foi aceita pelo juiz federal Marcelo Bretas no último dia 3.

*Matéria ampliada às 15h37. Colaborou Vladimir Platonow, repórter da Agência Brasil