Comissão do Senado aprova nota crítica à política migratória de Trump

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) aprovou hoje (21) uma nota crítica à política de “tolerância zero” anti-imigração do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A nota é uma reação à prática adotada pelo governo Trump de separar imigrantes que entram clandestinamente no país de seus filhos.
O comunicado, porém, precisa ser votado e aprovado pelo plenário do Senado, antes de ser encaminhado para a Embaixada dos Estados em Brasília, para a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano e para o Itamaraty.
Na nota, os senadores lamentam que os Estados Unidos, que foram construídos com a força dos imigrantes e que têm uma tradição de acolhimento a estrangeiros e defesa dos direitos humanos, adotaram práticas inaceitáveis.
“Os Estados Unidos da América têm uma vasta tradição de acolhimento de imigrantes. Trata-se, como muitos países do continente americano, de uma nação que foi construída pelo imprescindível trabalho e esforço de imigrantes vindos de todo o mundo “, diz um trecho da nota.
Crianças separadas
Pelos números divulgados na imprensa, cerca de 2,3 mil crianças – entre as quais 49 brasileiras – foram separadas de suas famílias, no período de 19 de abril até o dia 31 de maio, e estão em abrigos em cidades norte-americanas próximas à fronteira com o México.
Após repercussão internacional, Trump assinou ontem uma ordem executiva que impede a separação familiar, em caso de imigração ilegal. A decisão, no entanto, só se aplica a novos casos e não muda a situação de crianças já separadas dos pais e detidas na fronteira.
*Com informações da Agência Senado
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
